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Os motores conseguem identificar gasolina de baixa qualidade?

Na falta de olfato (ou paladar) de sommelier, motores modernos dependem da sonda lambda para saber o que você colocou dentro do tanque

Por Rodrigo Ribeiro
Atualizado em 11 Maio 2021, 11h52 - Publicado em 20 fev 2018, 14h20
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A injeção pode usar mais de uma sonda lambda para ter uma leitura mais precisa da queima do combustível (Divulgação/Quatro Rodas)

Por que ao colocar gasolina de maior octanagem num motor flex o sensor do ponto de ignição não reconhece essa diferença de octanagem, como faz com o álcool? – Osvaldo Carneiro Filho, Rio de Janeiro (RJ)

Primeiro é preciso entender que as injeções eletrônicas modernas possuem diversos sensores, mas não há nenhum que meça o ponto de ignição e a quantidade de octanas (unidade que indica a resistência à compressão sem pré-detonação) do combustível. Ou seja, o motor não consegue identificar a qualidade da gasolina (ou etanol) de forma direta.

Na verdade, a identificação do combustível usado (etanol ou gasolina) se dá pela sonda lambda, que mede a quantidade de oxigênio presente nos gases de escape. Os dados dela são utilizados para ajustar o tempo de injeção do combustível, sua quantidade e o ponto de ignição, que é alterado constantemente.

Luz da injeção eletrônica do Smart Fortwo Coupé 1.0
Parou em um posto estranho e a luz de injeção acendeu logo depois? O combustível provavelmente é (bem) ruim (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Isso não impede, porém, que a injeção reconheça o uso de gasolina com mais octanas de forma indireta. Desde 2015, a gasolina premium tem menos etanol misturado (25% contra 27% da comum e aditivada), possibilitando a identificação da octanagem por meio dos sensores de oxigênio da sonda lambda – a queima de uma gasolina com mais etanol é diferente da de uma com menos biocombustível.

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Versão GTI durou apenas dois anos, entre 2008 e 2009
O Golf GTI da geração “4,5” conseguia identificar o uso de gasolina premium para aumentar a potência em 13 cv (Marco de Bari)

A queima de combustíveis de má qualidade também altera os dados coletados pela sonda. Quando isso ocorre, a injeção altera seus parâmetros (mudando a quantidade e o momento em que o combustível entra na câmara de combustão) para tentar compensar a menor eficiência do combustível.

Quando esse ajuste chega ao limite programado pela fábrica, a famosa luz-espia da injeção se acende indicando que o motor não está mais trabalhando dentro dos parâmetros pré-estabelecidos, alertando o motorista sobre o combustível (ruim) que ele colocou no tanque.

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