Você pode culpar os SUVs, a alta do dólar ou o desinteresse do consumidor. O fato é que alguns segmentos estão em risco iminente de desaparecer no Brasil.
Ameaçadas há alguns anos, as peruas tiveram duas baixas importantes em 2019.
A VW SpaceFox deixou de ser produzida na Argentina para dar lugar ao SUV Tarek e a Golf Variant, que havia passado por reestilização em julho passado, teve suas importações do México interrompidas para dar espaço ao T-Cross, mais novo SUV da marca.
Resta uma perua compacta, a Fiat Weekend, que teve apenas 3.164 unidades emplacadas em 2018.
Além dela, há opções de luxo, como o Mercedes Classe C Estate, que somou 52 unidades em 2018, de acordo com a consultoria Jato, o Mini Clubman, com 15 unidades e o Volvo V60, com 99.
Também é difícil encontrar uma minivan de sete lugares. A Chevrolet Spin é a única opção abaixo dos R$ 100.000. E com a recente aposentadoria da Citroën Grand C4 Picasso, as opções ficaram ainda mais escassas.
Há alternativas entre os SUVs, como Mitsubishi Outlander, VW Tiguan, Peugeot 5008 e JAC T80.
Outras vítimas dos SUVs são os hatches médios. Se em 2008 os dois segmentos detinham 6,4% do mercado, em 2018 os SUVs dominaram 24,3% das vendas e os hatches médios ficaram com uma fatia de apenas 0,67%.
As opções também minguaram. O Peugeot 308 deixou de ser importado da Argentina, enquanto a produção do Focus na Argentina foi interrompida neste mês.
Restarão o Volkswagen Golf, agora vendido no Brasil apenas na versão GTI – Comfortline 1.0 TSI e Highline 1.4 TSI saíram de linha, e o Chevrolet Cruze Sport6, que muda em breve.