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O Brasil tem energia para suportar invasão dos carros elétricos?

A CPFL garantiu que tem capacidade para suprir a demanda e ainda citou que há quatro projetos caso a necessidade aumente

Por Leonardo Barboza
Atualizado em 2 out 2021, 12h47 - Publicado em 2 out 2020, 12h36
Carro elétrico, BMW i3..jpg
Durante a noite, a rede elétrica é menos usada (Reprodução/Internet)

Com o aumento das vendas dos carros elétricos e com a energia elétrica mais cara (devido à escassez) como será possível, “abastecer”? – Carlos Eduardo Vieira de Morais, Itapetininga (SP).

Quem responde é o gerente da CPFL Energia Renato Povia:

“Simulações mostram que, considerando uma taxa de 5% de penetração de veículos elétricos na frota total, 80% das redes de distribuição da CPFL não precisariam de adequações ou investimentos adicionais para atender à demanda”.

Ele diz que projeções dão conta de que 80% das recargas serão realizadas em casa, locais onde é possível carregar as baterias durante a noite, de forma mais lenta e quando a rede de distribuição é menos demandada.

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Mas, independentemente disso, a empresa tem quatro projetos a fim de identificar tendências em um cenário de mudanças de mercado.

As pessoas geralmente pensam nos carros elétricos como sugadores de energia, que precisam ser recarregados a todo o momento. Tem seu lado verdadeiro, mas em tese eles também podem devolver energia para casas, ruas e até hospitais, em situações de emergência.

Nos projetos de mobilidade do futuro apresentados por grandes fornecedores, como Bosch e Continental, e também por montadoras como a Nissan, o veículo elétrico pode funcionar como um gerador em casos de queda de energia no bairro.

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Por sinal, num futuro próximo, os proprietários de elétricos poderão até usar seus carros para se tornarem pequenos comerciantes de energia se instalarem carregadores de duas vias, recarregando suas baterias de madrugada, quando as taxas de energia são mais baratas, e as vendendo de volta para a rede se forem conectadas durante as horas de pico.

É claro que isso demandará uma legislação específica, mas essa estratégia poderá ser uma arma a favor do equilíbrio geral do fornecimento de energia elétrica.

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