Como fiação de buzina acessível está facilitando invasão a carros da Fiat
Proprietários de Argo, Cronos e Pulse reclamam da facilidade em desligar o alarme dos modelos e furtar objetos no interior dos veículos
Diz o dito popular que “a ocasião faz o ladrão”, e deve ser isso que tem feito proprietários de modelos Fiat ficarem sem estepe, macaco e outros objetos de seus carros. Os gatunos se valem da facilidade que encontram para desligar as sirenes dos alarmes desses modelos. Basta cortar a fiação da buzina, que é a mesma utilizada pelo alarme. E os fios podem ser facilmente acessados pela parte de baixo dos carros.
A psicopedagoga Fernanda Camargo Silva, de Porto Alegre (RS), que usa um Argo 1.0 Drive 2021 por assinatura, foi uma das vítimas. Ela conta que percebeu o furto pelo barulho do parafuso do estepe solto batendo na lataria do carro. “Furtaram o estepe, o macaco e a chave de roda, e a fechadura estava praticamente intacta”, diz.
Depois de dar falta dos equipamentos, Fernanda notou também que a buzina do carro parou de funcionar e, para sua surpresa, o diagnóstico do problema, dado por seu eletricista de confiança, foi “chicote elétrico cortado”.
Esse tipo de situação é bastante comum, segundo o especialista em alarmes automotivos, Anderson Hanna Huffel, de Canoas (RS), dono de um Cronos S-Design 2022, ele próprio vítima dos “amigos” do alheio.
“Depois de furtarem o estepe do meu carro, e pedirem quase R$ 2.000 para consertar a fechadura e a buzina, sem contar o estepe, decidi colocar tampas antimicha nas portas, parafuso antifurto no estepe e uma buzina auxiliar, para o alarme funcionar”, afirma Anderson.
Por segurança, os donos de Fiat (equipados com chave presencial) preferem perder a opção de abrir as portas utilizando a chave (física) nas fechaduras, como relata o engenheiro de produção Nairyel Mendonça, de Aracaju (SE), dono de um Pulse Audace 2022 e outra vítima.
A Stellantis afirma que, dos casos apresentados aqui, somente um tem registro de passagem em concessionária. Tendo sido um ato de violação por vandalismo. Segundo a empresa, apesar do trabalho da indústria para tornar os equipamentos mais seguros, não existe dispositivo 100% inviolável. Embora em seus carros não haja vulnerabilidade aparente.