O aluguel de carros por assinatura, seja oferecido por locadoras ou programas pertencendes às fabricantes, caiu no gosto dos brasileiros, a ponto de influenciar no crescimento das vendas de veículos para locação. Nos últimos tempos, porém, essa modalidade está deixando de ser tão atraente, por conta dos aumentos dos custos.
Os fatores que mais pesam e interferem nos valores das mensalidades são óbvios: a alta nos preços dos carros, bem como os custos de manutenção (mão de obra e peças). Mas há também outros encargos que subiram, como as taxas do IPVA, que ficaram aproximadamente 10% mais caras em 2023, e de seguro, com alta de até 50% nos últimos 12 meses.
A Kinto, da Toyota, oferecia um Yaris XL Live CVT por R$ 2.255 mensais em maio de 2022, em um plano de 48 meses. Agora, em janeiro de 2023, o mesmo modelo tem mensalidade mínima de R$ 2.553 no plano para 36 meses, que passou a ser o período máximo. Já na Movida Zero KM, um HB20 Vision era oferecido por R$ 2.019 mensais por 36 meses, em fevereiro de 2022. E, agora, um HB20 Comfort, versão equivalente, parte de R$ 2.119 para o mesmo período contratado.
O aumento chegou às calculadoras dos assinantes, que precisaram repensar seus gastos. Foi o caso de José Ordele Neto, que aderiu ao programa da VW, Sign&Drive, em 2021. O contrato, de 18 meses, por um Nivus lhe custava R$ 2.000 mensais. O valor saltou para quase R$ 3.200 na troca por um T-Cross, que tem preço próximo ao do Nivus na modalidade. José pesquisou por outras empresas, mas o da VW permaneceu vantajoso para ele.
Já Priscila Moreira, que assina um Fiat Mobi pela Movida desde 2021, se deparou com um aumento de 80% na mensalidade, de R$ 1.000 para R$ 1.800 em uma assinatura com as mesmas características. “Estou considerando comprar um carro maior e assumir os custos, a assinatura deixou de ser vantajosa”, diz Priscila.