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Afinal, quando vale a pena ter um carro por assinatura?

Separamos os custos de manter um veículo próprio e comparamos com as condições mais comuns dos planos de assinatura de carros no Brasil

Por Fernando Miragaya
3 Maio 2021, 07h52
Carro por assinatura vale a pena?
(Arte/Quatro Rodas)

Locadoras e companhias de seguro já atuam nesse ramo há pelo menos quatro anos. Mas nos últimos meses a oferta de carros por assinatura começou a receber atenção das fábricas de automóveis. Recentemente, Renault, VW, Fiat e Jeep passaram a investir nesse tipo de negócio. Mas e para o consumidor? Vale mais a pena comprar ou assinar um veículo? Falamos com especialistas e levantamos cotações para responder.

O custo da conveniência 

Se você é daqueles que só querem pôr gasolina e ser feliz, então se enquadra quase que integralmente no perfil do cliente típico do carro por assinatura. Aí não falamos de números. Para quem não quer ter dor de cabeça com o automóvel e está disposto a pagar uma mensalidade por isso independentemente do custo/benefício na comparação com compra, essa modalidade é a ideal. Isso porque praticamente todos os modelos de veículos assinados incluem, no pacote, trâmites, contratações e despesas com seguro, documentação, transferência e IPVA. Sem contar que as empresas também costumam ficar responsáveis não só pelo custo das revisões como em levar o veículo para as manutenções obrigatórias – inclusive com a possibilidade de um carro reserva nos dias em que o cliente ficar sem o veículo.

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“Eu divido esse tipo de dúvida sobre carro por assinatura em dois pilares distintos. O primeiro deles é quando as pessoas se valem do critério praticidade. Não quer ter preocupação com nada? Sob a óptica de praticidade, com certeza a assinatura leva muito mais vantagem em relação à aquisição do veículo”, afirma Antônio Jorge Martins, coordenador de Cursos na Área Automotiva da FGV-RJ.

Olho na franquia

  Não esqueça que o custo do seguro está incluso, mas a franquia é por conta do assinante, como em todo contrato veicular. Por isso, fique atento e se informe sobre os valores das franquias e o que a apólice do plano de assinatura cobre. “Quem faz o seguro tem alternativas, pode optar por franquia maior ou menor”, ressalta o professor e coordenador da FGV-RJ. Além disso, observe que as franquias são reajustadas anualmente, em geral com base no IPCA. E, se optar por contrato superior a um ano de assinatura, fique atento se o documento prevê reajustes na mensalidade em decorrência de mudanças no seguro.

Atenção às letras miúdas

Os contratos têm cláusulas bem específicas sobre conservação do veículo. Muitas companhias estabelecem nos documentos multas ou custos, por conta do cliente, de pinturas danificadas, amassados na lataria, vidros trincados, rodas avariadas ou mesmo itens do acabamento. Confira também detalhes da manutenção. Algumas empresas, como a Flua (da FCA), preveem a troca de pneus por desgaste natural – sem considerar furos ou rasgos. Em outras, a troca das peças é por conta do cliente. Outro ponto importante é a franquia de quilometragem. Veja o quanto você anda por mês em média e faça o plano de acordo com o seu perfil. Em geral, os planos preveem de 1.000 a 2.500 km mensais. Se informe sobre o custo extra por quilômetro excedido rodado.

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Vale a pena comprar depois? 

A maioria das empresas possibilita a compra do carro assinado ao fim do contrato. Aí, mais uma vez, vale a conta. Compare o preço pedido pelo seminovo que você assinava, pesquise modelos iguais anunciados e compare com valores praticados no mercado para o mesmo modelo, ano e versão do veículo. Se o preço pedido pela companhia estiver abaixo ou dentro da média, vale ponderar a compra.

O que precisa para assinar? 

Em geral, os fabricantes e empresas solicitam comprovação de renda para aprovação. O registro e a contratação podem ser feitos, em muitas companhias, de forma totalmente digital. Aprovado o cadastro, o pagamento mensal pode ser feito via boleto, mas alguns já possibilitam a cobrança no cartão de crédito. Alguns carros são liberados em menos de uma semana. Porém, conforme o modelo, a espera pode chegar a quase dois meses.

Olhe o seu perfil 

Você usa o automóvel todos os dias? Vai e volta do trabalho com ele? Depende do carro? A assinatura pode ser uma opção, ainda mais se você não tiver paciência ou tempo para resolver questões burocráticas. Você só usa o carro aos fins de semana esporadicamente? Ou apenas para viajar em feriados? Nesses casos, a locação do automóvel pode ser uma alternativa mais viável do que a assinatura ou a compra.

Mas na ponta do lápis…

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Chevrolet Onix LTZ Turbo AT (Acervo/Quatro Rodas)

Por assinatura pelo SulAmérica Auto Fácil pelo plano de 12 meses/12 mil km

  • Mensalidade: R$ 1.739
  • Ao fim de 12 meses: R$ 20.868
  • Preço público sugerido: R$ 77.480*
  • Plano da revisão de 10.000 km: R$ 340
  • Custo do seguro: R$ 2.387 (franquia de R$ 3.352)*
  • IPVA: R$ 2.951*
  • Licenciamento + documentação: R$ 219*
  • Desvalorização após um ano: 6%**
  • Total: R$ 83.377***
  • Venda após 12 meses: R$ 72.832***
  • Custo ao fim de 12 meses: R$ 10.545***

Para quem faz questão de comparar custos, a conveniência e praticidade cobram seu preço. Aí é preciso pegar a calculadora e fazer as contas para ver o quanto se está disposto a pagar – o outro pilar ao qual o professor da FGV se refere.

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E tem uma regra simples, mas com uma conta complexa ao mesmo tempo. Os planos de carro por assinatura de modo geral contemplam períodos que vão de 12 a 36 meses. Então, é preciso ver qual modelo de automóvel, selecionar o prazo de contrato e o limite da quilometragem.

Se optar pelo período de um ano, por exemplo, multiplique a mensalidade por 12 e separe esse total. Depois veja o preço do mesmo carro (versão, motor e cor iguais). Adicione a este valor pedido pela concessionária o custo da primeira revisão obrigatória (de 10.000 km), a despesa com o IPVA, mais taxas de documentação e licenciamento do seu estado e o custo do seguro.

Como quem compra, ao fim de um ano, tem a possibilidade de vender o carro, pegue o total dessa soma e subtraia pelo valor que você o venderia 12 meses depois. Ou seja, aí é preciso consultar em sites especializados em desvalorização o quanto – em termos percentuais – aquele modelo perde de valor depois de um ano.

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“Quando se faz a assinatura, de uma forma geral, é preciso computar todos os gastos mês a mês, ao longo de 12 meses. Como hoje temos uma inflação reduzida, não existem grandes problemas em somar esses valores. Na outra ponta, deve-se totalizar a compra de um carro zero-km e todos os gastos relativos ao longo de um ano”, explica Martins.

*Consideramos preço sugerido de tabela, sem promoções, custo do IPVA total, sem descontos, e o menor valor de seguro (cobertura completa) cotado. Valores base zona norte da cidade do Rio de Janeiro, homem, casado 49 anos.

** Desvalorização após um ano – média da linha e de mercado

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*** Valores arredondados.

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