Novo Rolls-Royce Culinan mistura madeira e bambu e tem até app ‘secreto’

A Rolls-Royce revelou a nova atualização para o SUV da marca. O novo Rolls-Royce Cullinan Series II segue com motor V12 de 571 cv, mas a fabricante de altíssimo luxo utilizou os dados que recebe dos clientes para atualizar o visual e promover uma renovação no requinte interno, com toda uma inspiração por trás.

A Rolls-Royce lançou o Cullinan em 2018, se preocupando em, acima de tudo, criar um utilitário “raiz”, preparado para condições extremas do fora-de-estrada no mundo todo. Com o passar dos anos, porém, a marca constatou três fatos importantes: o Cullinan era dirigido, majoritariamente, em grandes cidades, a quantidade de donos que dispensavam o chofer e conduziam o próprio carro subiu de 30% para 90% e a idade média do proprietário foi de 56 para 43 anos. Esses aspectos guiaram a atualização.

O Cullinan Series II traz faróis ligeiramente mais finos, com DRLs que circulam-no (como antes) mas descem até a metade do para-choque, fazendo referência ao Phantom Series II. As entradas de ar cresceram e trazem novo design que, segundo a fábrica, deixam o Cullinan com aspecto mais rebaixado se visto de frente. O formato em V das passagens também aproximam-no do design de barcos, que frequentemente inspira os projetistas da britânica. A grade passa a ser iluminada por leds, em referência às luzes da cidade grande.

Atrás, as mudanças são mais sutis: detalhes mais notáveis estão nas ponteiras ampliadas dos escapes duplos, assim como a nova assinatura luminosa das lanternas. A extremidade dos escapes é feita de aço inoxidável, assim como a régua horizontal que liga as duas peças através do difusor.

De lado, chamam atenção as novas rodas de aro 23, com desenho próximo do usado em carros elétricos. É a maior roda já usada pelo Cullinan, com superfície feita de alumínio e opcionais que incluem até o polimento dos raios. Houve retoques quase imperceptíveis na carroceria, a fim de realçar suas curvas. A pintura de lançamento, batizada de Emperador Truffle, é inspirada no mármore marrom e, apesar do aspecto sólido, é tratada com polimento misturado a cristais de vidro moídos.

No interior, houve reestilização mais profunda, com inspiração na natureza e estética que remete a livros clássicos de botânica. Os tecidos amarelos levam bambu na composição, sendo criados após uma visita dos decoradores da Rolls-Royce ao lugar onde Henry Royce, co-fundador da marca, viveu, na Riviera Francesa. A madeira utilizada na cabine tem suas placas selecionadas e tratadas manualmente. Texturas que lembram folhas são colocadas artesanalmente, assim como micropartículas metálicas que reforçam o efeito cintilante.

Até a costura dos tecidos tem seu porquê, remetendo aos nós comumente usados por marinheiros. As “manchas” que completam os bancos, por exemplo, foram criadas através de perfurações a laser: são 107.000 furos com diâmetro entre 0,8 e 1,2 milímetros, criando texturas inspiradas na sombra de árvores plantadas na antiga morada de Henry Royce.

Quem optar pelo Cullinan Black Badge, terá menos elegância, mas ganhará certa extravagância no mesmo nível de luxo. Há farto uso de ligas metálicas e fibra de carbono na cabine, revestida por tecidos escuros que contrastam com tons chamativos de verde, por exemplo. Entre outras minúcias, as saídas de ar foram escurecidas com uso de vapores que se assentam e fixam o pigmento no metal, evitando que ele se manche ou desbote com o uso.

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Vantagem indiscutível do Cullinan Black Badge Series II é a performance, já que o motor V12 6.7 rende 600 cv e 91,8 kgfm. A versão “básica” tem 571 cv e 86,5 kgfm; ambas com transmissão automática de oito marchas.

Outros itens comuns a toda a linha são os 18 alto-falantes Hi-Fi criados sob medida, inclusive com conexão Bluetooth para que os passageiros possam usufruir do conteúdo de maneira discreta. Sobre uma nova placa de vidro, também há o novo quadro de instrumentos digital e a central multimídia, com acesso ao aplicativo SPIRIT, que é exclusivo para compradores de um Rolls-Royce e oferece funções personalizadas, além de recursos “secretos” que ampliam o tratamento VIP.

A Rolls-Royce já anunciou seus planos de se tornar uma marca totalmente elétrica até 2030, de modo que essa pode ser uma das últimas atualizações do SUV puramente a gasolina. O preço de um Cullinan Series II depende bastante das personalizações solicitadas pelo comprador, mas o preço pode facilmente girar entre R$ 5.000.000 e R$ 10.000.000.

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