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Suzuki Bandit 1250

Depois da plástica, a maior das Bandit recupera seu poder de sedução

Por Ismael Baubeta | Fotos: Christian Castanho
Atualizado em 9 nov 2016, 11h56 - Publicado em 2 abr 2012, 11h08
Suzuki Bandit 1250

Em relação custo/benefício por cilindrada, a Suzuki Bandit 1250 continua imbatível. Nenhuma outra moto dá tanto motor pelo seu dinheiro – pelo menos em deslocamento volumétrico e número de cilindros. Também tem seguro e peças mais em conta que as rivais diretas. O aumento de cerca de 3 000 reais para essa versão 2012 não mudou esse cenário.

E agora, com face-lift que inclui o novo farol em forma de escudo, novo painel – bem mais completo – com conta- giros de ponteiro e velocímetro e demais funções em LCD, além de tanque, rabeta e laterais redesenhados, mais atuais e vincados, a Bandit reassume a jovialidade perdida.

O painel agora não é mais de copinhos – dois mostradores cilíndricos paralelos. É assimétrico, mesclando um conta-giros redondo analógico de boa leitura com um LCD retangular que traz todas as informações complementares: indicador de marchas, relógio, marcador de combustível, velocímetro, hodômetro total e parcial. Bem completo. De frente, o painel compõe belo efeito visual com o farol.

Tanque e abas de direcionamento de ar receberam vincos mais visíveis e afilados, assim como a rabeta, que ficou ligeiramente mais estreita, ganhando leveza. O contraponto visual fica por conta da enorme ponteira de escape, antiquada e desproporcional com o restante da traseira.

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As rodas são de liga leve e o desenho manteve os três raios da versão anterior. São bonitas e ainda atuais.

A ergonomia é muito boa. A posição de pilotagem é confortável, as pedaleiras são levemente recuadas e a distância do guidão mantém o corpo em posição neutra, sem esforço.

O banco macio proporciona conforto tanto no uso urbano quanto em estradas. A regulagem de altura – pode ser ajustado em 81 ou 83 cm – é boa solução para os motociclistas mais baixinhos. O garupa também viaja bem.

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No desempenho, a Bandit 1250 mostra força desde rotações muito baixas: os 10,01 mkgf estão disponíveis logo aos 3 700 rpm e empolgam, facilitando a pilotagem. Em qualquer marcha – independente da velocidade -, é só acelerar que ela responde com vontade e elasticidade. Se o motociclista gostar de acelerar forte, não vai ficar desapontado: as sensações serão boas em alta também. Embora o motor não gire como o de uma esportiva, o alto torque se encarrega da adrenalina e os 98 cv a 7 500 rpm parecem ser muito mais.

As suspensões são boas e absorvem as irregularidades sem problemas, mas uma regulagem hidráulica nas bengalas dianteiras poderia melhorar a condução de acordo com o motociclista e tipo de uso. A suspensão traseira oferece o recurso que falta à frente.

O chassi tem boa rigidez, mas oscila um pouco em curvas de alta velocidade. O recurso da regulagem na dianteira talvez melhorasse a sensação.

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Os freios são potentes e progressivos, mas seu uso mais intenso ou agressivo faz sua eficiência declinar, com o manete se aproximando incômodo e perigosamente do punho. Essa parece ser marca registrada da Suzuki em quase todos os modelos de grande cilindrada. Uma mangueira revestida com malha de aço capaz de suportar altas pressões certamente iria ajudar bastante a minimizar o problema.

As virtudes, porém, são maiores e fazem da Bandit 1250, agora moderninha, uma ótima e acessível opção de compra para o motociclista que quer uma moto grande para usar. E, ora, até para desfilar. Faz parte.

VEREDICTO

Ótima opção de compra. Custa menos que suas concorrentes diretas – e tem boa performance. É mesmo bom negócio.

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