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Renault Boreal é enorme e foge da mesmice de Compass, Corolla Cross e Taos

SUV médio compartilha a plataforma com o Kardian e tem conjunto mecânico próprio, mas já tem data para ser híbrido; veja quando estreia

Por Isadora Carvalho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 jul 2025, 08h19 - Publicado em 10 jul 2025, 10h30
Renault Boreal 2026
 (Divulgação/Renault)
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Imagem e reputação são relevantes para qualquer pessoa, mas para uma marca são imprescindíveis. A Renault, que fabrica carros no Brasil há 27 anos, segue trabalhando para mudar a sua imagem de fabricante de carros com menor valor agregado para uma marca que produz e vende modelos com alto índice de tecnologia. O Renault Boreal é o carro que melhor pode ilustrar isso.

Esse movimento começou com o lançamento do Kardian em março do ano passado e agora ele ganha força com a chegada do SUV médio. O Boreal faz sua apresentação global agora, no Brasil, como preparação para o seu lançamento oficial no último trimestre deste ano. Ele será fabricado em São José dos Pinhais (PR), mas também terá produção na Turquia, conforme antecipamos.

Esta primeira apresentação foi no centro de design da Renault em uma área da fábrica de São José dos Pinhais (PR), mas só poderemos dirigir no lançamento oficial. Este primeiro contato permitiu ver como acertamos o desenho do carro desde a primeira projeção, publicada em janeiro, e o que está diferente prova como o Boreal tem design disruptivo. 

João Kleber Amaral
Projeção do Renault Boreal (João Kleber Amaral/Quatro Rodas)

Entre os elementos de design que surpreenderam está a grade, que tem recortes em um formato retangular com detalhes que foram inspirados no formato de diamantes, segundo Daniel Nosaki, diretor de Design da Renault para as Américas. A grade ainda abriga duas lâmpadas em led que acompanham o DRL posicionado na parte superior e é seguido pelos faróis principais logo abaixo.

Renault Boreal 2026
(Divulgação/Renault)
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Em vez de tomadas de ar laterais, o que há nas extremidades dos para-choques são dois pontos em leds que também fazem parte da assinatura luminosa do carro. Todo o conjunto (de grade e faróis) é harmônico e atraente. 

Na lateral, as rodas de liga leve de 19” e a área envidraçada contribuem para um equilíbrio nas proporções do SUV. O que também atrai olhares é a coluna C, com um vidro fixo emoldurado por um aplique prateado que dá continuidade à borda prateada na parte superior do teto. Esse elemento também contribui para suavizar o balanço traseiro do SUV, que é grande devido às suas dimensões. Outro detalhe curioso são as maçanetas das portas traseiras posicionadas na coluna. 

R_BOREAL_2K_16X9_F04

 

Na traseira as lanternas ficam mais afiladas na tampa do porta-malas e com formato triangular na parte de fora, invadindo a lateral do Renault Boreal. O conjunto óptico é combinado com o logo da Renault em alumínio.

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O para-choque traz combinação de pintura na cor da carroceria com o mesmo aplique prateado presente na lateral acompanhado pelas luzes de ré e de posição na parte inferior. O spoiler pronunciado e com desenho discreto complementa o design da traseira, que por sua vez, impressiona pela sensação de sofisticação. 

Dimensões do Renault Boreal

Renault Boreal 2026
(Divulgação/Renault)

O porta malas tem abertura elétrica e sua capacidade é de 522 litros. Será um dos maiores porta-malas em um segmento onde Jeep Compass tem 410 litros, o VW Taos tem 498 litros e o Toyota Corolla Cross tem 440 litros. 

Renault Boreal 2026

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O que explica o grande porta-malas é mesmo o tamanho do carro. O Renault Boreal tem 4,56 metros de comprimento e 2,70 metros de entre-eixos. Produzido em São José dos Pinhais (PR), será o segundo carro nacional com a plataforma RGMP, uma evolução da arquitetura CMF-B  – o primeiro foi o Kardian. No futuro, sua arquitetura terá continuidade com a picape Niagara.

Por dentro do Renault Boreal

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(Divulgação/Renault)

Neste SUV médio, a Renault procurou explorar cores, luzes e materiais. Peças prateadas dão destaque a certas áreas, como a seção central do painel e bordas do console, enquanto uma iluminação configurável ilumina até partes das portas. As portas, aliás, têm área azul combinando com o couro dos bancos. Há uma mistura de materiais macios ao toque com plásticos de boa aparência e sem rebarbas.

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(Divulgação/Renault)

Claro que as telas chamam a atenção, principalmente por este ser um Renault. As telas usam o sistema chamado pela Renault de OpenR, usado nos carros europeus. Além da central multimídia ser grande, ter boa resolução e ser bastante responsiva, ela está voltada para o motorista, o que facilita sua utilização. 

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(Divulgação/Renault)

A grande inovação, porém, está em ser um carro nacional com o sistema Google Automotive integrado. É possível ter aplicativos nativos como Waze, Google Maps, Spotify e até Netflix. Também é possível falar uma série de comandos que o assistente do Google fará, desde serviços de concierge como pesquisar o restaurante mais próximo a funções do carro como dizer que está com frio para que o sistema desligue o ar-condicionado.

 

Uma função interessante é que o Google Maps pode ser transmitido para o quadro de instrumentos e é possível ter o mapa exibido em ambas as telas ao mesmo tempo. Isso também funciona com o Waze, mas apenas com o pareamento do smartphone. A tela do quadro de instrumentos também surpreende pela resolução. 

Renault Boreal 2026
(Divulgação/Renault)
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Os bancos são revestidos de vinil com costuras contrastantes e abas laterais encorpadas, e são elétricos tanto para o motorista quanto para o passageiro – pelo menos nesta configuração mais completa. Eles também têm função massagem com três intensidades.

A Renault ainda não revelou detalhes sobre as versões do Boreal e o conteúdo de cada uma. É esperado que essas comodidades só estejam presentes na versão topo de linha, assim como o sistema de som premium Harman Kardon, que traz cinco tipos de ambientação sonora, e o teto solar panorâmico.

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(Divulgação/Renault)

 

Já o pacote de tecnologias de assistência ao motorista já revelado pode estar presente em todas as versões e ele é equipado com piloto automático adaptativo, frenagem autônoma de emergência, assistente de saída de faixa com correção da trajetória e um alerta sonoro que avisa quando um carro se aproxima ao abrir a porta para o desembarque. E há ainda o sistema de estacionamento automático. 

Os passageiros da segunda fileira, além de desfrutarem de mais iluminação, por conta da terceira janela e do teto solar panorâmico, também tem a disposição duas saídas de ar centrais, que poderiam ter controle de temperatura exclusivo. Há ainda duas entradas USB-C. 

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(Divulgação/Renault)

Embora esteja estreando no Brasil, o Renault Boreal será um produto global, a ser vendido em mais de 70 países. Em Curitiba, no Brasil, ele será produzido para 17 países da América Latina. Ao mesmo tempo, a planta de Bursa na Turquia fornecerá sua produção equivalente para 54 outros mercados, incluindo a Europa Oriental, Oriente Médio e países do Mediterrâneo.

O motor do Renault Boreal

O Renault Boreal tem uma combinação de motor e câmbio inédita. Isso porque ele utiliza o mesmo motor 1.3 TCe (turbo com injeção direta e flex) visto no Duster, porém com menos torque. São 163 cv e 25,5 kgfm – contra 27,5 kgfm no Duster.

Renault Boreal 2026
(Divulgação/Renault)

O câmbio não é o CVT com simulação de oito marchas, mas o mesmo câmbio automatizado de dupla embreagem do Kardian, com seis marchas. A tração é sempre dianteira, pelo menos por enquanto.

QUATRO RODAS já trouxe a apuração de que o Renault Boreal terá uma variante híbrida leve (MHEV) de 48V e tração 4×4, usando um motor elétrico de 34 cv para mover as rodas traseiras por alguns momentos. O lançamento do Renault Boreal híbrido é esperado para meados de 2026.

Qual será o preço do Renault Boreal?

Renault Boreal 2026
(Divulgação/Renault)

O Renault Boreal é uma resposta ao sucesso de carros como Jeep Compass (líder do segmento), Toyota Corolla Cross e Volkswagen Taos (que passará a vir do México, reestilizado). São carros que passam dos R$ 200.000 em suas versões mais vendidas. 

Desta forma, o Boreal também precisará lidar com a pressão dos híbridos chineses, que só crescem em vendas, como GWM Haval H6, BYD Song Plus e GAC GS4. Embora a Renault tenha uma tradição de 27 anos no Brasil, é a primeira vez que ela tem um SUV tão grande e caro para vender no Brasil. Se o preço não for atraente, o sucesso do Boreal poderá ser limitado.

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