Fazia tempo que o editor de arte Fabio Black não passava um tempo com o Chevrolet Onix Plus. Os registros no diário de bordo ajudam a ser mais exato: os dois não se viam há exatamente 30.000 km.
Coisa dos novos tempos, com o trabalho remoto e pelo fato de o Fabio ter preferido viver no interior. Foi uma boa oportunidade para saber como o sedã está avançando a quilometragem rumo aos 100.000 km.
Assine a Quatro Rodas a partir de R$ 9,90
“Minha primeira impressão foi a de que o Onix está encarando bem essa rodagem maior conosco. Não há tanto desgaste nos pedais nem nas peças de acabamento com as quais temos mais contato, como botões e maçanetas, que carros usados até com menos idade apresentam.
Mas o volante de couro já está liso e brilhante, como os de taxistas”, conta o editor de arte. Nós tentamos imitar o uso cotidiano de um carro, mas também é verdade que zelamos pelo acervo do Longa Duração.
Por sinal, já limpamos o aro do volante algumas vezes. Não adianta, pois em pouco tempo ele absorve suor e resíduos de pele e volta a tentar imitar o brilho dos antigos volantes de baquelite.
Quem é muito usada e já apresenta sinais de desgaste é a chave presencial do nosso Onix Plus. Uma camada plástica que reveste os botões aparenta estar descolando, mas só no botão de abertura e no que destrava o porta-malas (e precisa ser apertado duas vezes para isso, diga-se). Parece que a primeira impressão do reencontro foi boa, mas não muito duradoura.
“Na cidade, você percebe a quilometragem do carro pela suspensão, que, apesar de plenamente funcional, já começa a fazer aqueles barulhos que sinalizam algum ressecamento de buchas e coxins, e isso acaba por incomodar um pouco, fazendo até com que você reduza a velocidade em algumas ruas”, relata Black.
Outro Fabio, o Fukuda, técnico da Fukuda Motorcenter que acompanha os carros do Longa Duração, foi o primeiro a sinalizar no diário de bordo que a suspensão traseira também começou a ficar barulhenta.
É o efeito de 83.300 km por vias nem sempre no melhor estado de conservação ao qual qualquer carro está sujeito e vale lembrar que não houve nenhuma intervenção nas suspensões ao longo do teste.
Também há barulhos vindos do acabamento interno como um todo, mas em especial do painel e das colunas centrais. São grilos e rangidos ouvidos especialmente ao passar por irregularidades no asfalto, que sinalizam que presilhas e isoladores entre as peças já não atuam como antes.
Entre as idas e vindas para São Paulo, Fabio Black também repetiu os elogios de outros tempos para o comportamento do Onix na estrada. “Ele continua perfeito em curvas, econômico, seguro, confortável e com boa autonomia.”
Uma característica interessante é que o tanque de combustível do Onix Plus é pequeno para o segmento, tem só 44 litros, e que os abastecimentos da reserva à primeira parada na bomba de combustível são de, em média, 36 litros.
E, por conta do bom consumo (especialmente na estrada), os usuários nunca reclamaram da autonomia. “Eu fico triste quando não consigo manter a média de consumo acima dos 20 km/l em rodovia”, confessa o fotógrafo Alexandre Battibugli.
O que causa incômodo em longas viagens são os bancos. “Parece que o conforto do banco piorou. Era duro, mas tive a impressão de que isso se agravou com o passar do tempo, apesar de ser ergonômico. É bom para lembrar que o Onix Plus não é um Cruze”, conclui o editor de arte.
Chevrolet Onix Plus – 83.316 km
Ficha técnica: | |
Versão: | Premier 1.0 12V Turbo |
Motor: | 3 cilindros, dianteiro, transversal, 999 cm3, 12V, turbo, 116/116 cv a 5.500 rpm, 16,8/16,3 kgmf a 2.000 rpm |
Câmbio: | Automático, 6 marchas, tração dianteira |
Seguro: | R$ 1.112 (Perfil Quatro Rodas) |
Revisões: | Até 100.000 km – R$ 7.122 |
Gasto no mês: | Combustível: R$ 1.607 |
Consumo: | No mês: 13,1 km/l com 13,4% de rodagem na cidade Desde dez/19: 14,6 km/l com 29,9% de rodagem na cidade |
Combustível: | Flex (gasolina) |