Chrysler Pacifica 3.6: objeto de desejo para toda a família
Pai, mãe, filhos, babá: todo mundo vai viajar com muito espaço e conforto na Pacifica, a minivan da Chrysler que chega em abril de 2017
Com os SUVs (dos mais variados tamanhos) no topo da preferência do consumidor mundial, alguns segmentos foram praticamente deixados de lado. As minivans são, provavelmente, as que mais sofreram. Em 2017, porém, a Chrysler oferecerá aqui no Brasil a Pacifica, uma van que fará brilhar os olhos dos fãs desses veículos de uso familiar.
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O nome é novo, mas faz tempo que a marca americana serve as grandes famílias. A linhagem Town & Country, cujas vendas em nosso mercado seguirão em ritmo de limpa-estoque até a chegada da Pacifica, tem em seu currículo a respeitável marca de 13 milhões de unidades vendidas no mundo – dados da fabricante, desde 1984.
Em vez de esperarmos abril chegar – mês previsto para a estreia da nova minivan no Brasil, que antes deve dar as caras no Salão do Automóvel -, fomos até Auburn Hills, em Michigan, nos Estados Unidos. É lá que fica a sede da FCA (Fiat Chrysler Automobiles) e também o campo de provas onde avaliamos o novo modelo.
Oficialmente, a filial brasileira tem pouco a dizer sobre versões, configurações e preço da Pacifica. Então, vamos tomar a versão oferecida no test-drive, Limited, como referência. Ela é a top de linha, mas mesmo assim tem alguns opcionais. O mais interessante deles é uma disposição de bancos que eleva a capacidade de sete (de frente para trás, dois, dois e três lugares) para oito ocupantes (dois, três e três lugares).
Outra característica interessante é o sistema de rebatimento de bancos, que simplesmente os oculta no assoalho. Assim como na atual Town & Country, o acionamento é manual na fileira central e elétrico (do tipo um-toque) na terceira.
Para quem ainda duvida do perfil familiar da Pacifica, imagine que há até um aspirador original de série, acondicionado num espaço na lateral, entre a segunda e terceira linha de bancos. Quem aí com filho pequeno não gostaria de uma ajuda tão à mão para tirar farelos e migalhas dos bancos?
Outro ponto de interesse para as famílias é a capacidade do porta-malas, que na Pacifica é descomunal: considerando, respectivamente, o espaço atrás da terceira, segunda e primeira fileira de bancos, o volume (até o teto) é de 915, 2.478 e 3.979 litros.
Quanto aos equipamentos, a Pacifica honra a Town & Country e segue oferecendo um superpacote. São de série ar-condicionado com ajuste independente de três zonas, bancos dianteiros e traseiros elétricos (centrais manuais), portas laterais (corrediças) e traseiras elétricas, chave presencial, indicador de pressão dos pneus, faróis de xenônio, multimídia com tela de 8,4 polegadas, rodas de liga leve aro 18 (aro 20, opcionais), retrovisores externos com desembaçador, rebatimento e ajuste elétricos. E acredite: tem muito mais.
No acabamento, a Pacifica faz jus ao que transporta de equipamentos. Bancos, portas e painel exibem um couro agradável ao toque e sem enrugamento mesmo em junções de partes com formato irregular. Parece até herança dos tempos em que Chrysler e Mercedes foram casadas (1998 a 2007).
Algumas soluções surpreendem até quem já está acostumado com a praticidade das minivans de luxo. Além do sistema que permite rebater os bancos com um ou dois movimentos ou mesmo um simples toque de botão, as portas laterais e traseiras (ambas elétricas) podem ser acionadas por controle remoto ou apenas passando o pé sob o assoalho, bastando que a chave esteja no bolso.
Assim como o aspirador de pó, só mesmo pais (com uma criança dormindo no colo, por exemplo) para entender a ajuda que um sistema desse pode prestar na hora de embarcar o filho.
Nove marchas
Sob o capô, a Pacifica carrega o Pentastar V6 3.6, mesmo base mecânica do atual Town & Country e do Dodge Journey, o crossover misto de minivan e SUV do lado americano do Grupo FCA. Mas há uma grande diferença em relação ao câmbio: enquanto o da dupla atual tem apenas seis marchas, na Pacifica são nove. A nova caixa tem trocas mais constantes, mas como são suaves, muitas passagens são quase imperceptíveis.
Avantajada e com peso de 1.964 kg, a Pacifica tem suspensão com ajuste focado no conforto, o que acaba comprometendo a dirigibilidade: a carroceria de longos 5,17 metros decomprimento adorna nas curvas, empina a frente nas acelerações e afunda nas frenagens, e pede cuidado extra em velocidades elevadas. Em resumo, um carro feito sob medida para passeios com a família.
A Pacifica está confirmada para o Salão do Automóvel, em novembro, mas as vendas só começam em abril de 2017. O preço deverá ficar pouco acima da tabela da Town & Country Limited, hoje em R$ 269.900.
VEREDICTO
Típico modelo familiar americano, a Pacifica é muito confortável e repleta deitens de luxo e conforto. Por aqui, deverá seguir o legado da Town & Country, ou seja, continuará sendo para um público bem específico.
Motor | gasolina, dianteiro, V6, 24V, 3.605 cm3,, 287 cv a 6.400 rpm, 36,2 mkgf de 4.000 rpm |
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Câmbio | automático, 9 marchas, tração dianteira |
Suspensão | McPherson(diant.) / eixo rígido (tras.) |
Freios | discos ventilados (diant.), e sólidos (tras.). |
Direção | elétrica |
Pneus | 245/50 R20 |
Dimensões | comprimento, 517,1 cm; altura, 177,5 cm; largura, 202,2 cm; entre-eixos, 308,9 cm; peso, 1.964 kg; tanque, 72 l; porta-malas, 3.979/2.478/915 l |