A série especial limitada Graphite é a mais nova cartada da Chevrolet para tentar turbinar as vendas do Cobalt, lançada no início do mês de junho, com a anunciada proposta de oferecer “sofisticação com um acabamento mais sóbrio e elegante”. Vendido por R$ 61 150 se equipado com câmbio manual de cinco velocidades e R$ 64 690 caso a opção seja a transmissão automática de seis marchas, ele está posicionado no topo da gama, acima da LTZ, vendida a partir de R$ 58 850.
Recebemos o Cobalt Graphite agora para avaliação, equipado com câmbio automático. Como ele é equipado com o motor 1.8 de 108/106 cavalos de potência disponível para as versões regulares LT e LTZ, não realizamos avaliação em pista, já que esse conjunto mecânico já foi anteriormente testado em pista, no final de 2013. Seu desempenho foi regular, com 11,7 segundos para chegar a 100 km/h, partindo da imobilidade, enquanto nas provas de consumo ele cravou 6,9 e 9,5 km/l nos ciclos urbano e rodoviário, respectivamente.
Os R$ 2 300 adicionais em relação à LTZ se traduzem, basicamente, a itens estéticos. E o resultado final é um tanto quanto duvidoso. Por fora, a grade do radiador é pintada em preto “carbon flash”, os faróis tem máscaras escurecidas e os frisos de proteção das portas são pintados na cor da carroceria, enquanto as rodas de 15 polegadas tem superfície usinada. Há ainda um inusitado aerofólio na tampa do porta-malas, que destoa totalmente do design do veículo e, principalmente, da proposta de sobriedade.
Por dentro a principal novidade está nos revestimentos dos bancos, que a Chevrolet diz ser de um material “premium” e que tem costura prespontada – que também aparece no volante – e traz o nome da versão bordado. “Não gostei desse acabamento, prefiro os bancos das versões originais”, cravou meu colega de redação, o editor Ulisses Cavalcante, após passar um dia com o carro. Concordo com ele e, pessoalmente, creio que a moldura em black Piano no painel central destoa do restante do interior e não condiz com a proposta apresentada pela própria marca e parece um item colocado aleatoriamente.
Em relação aos equipamentos, a Graphite traz o piloto automático como item de série, que é vendido como opcional na LTZ, dentro de um pacote que custa R$ 3540. Sem alterações mecânicas, ele é basicamente um Cobalt maquiado e, assim sendo, sua principal qualidade está no amplo espaço interno, tanto para os passageiros como no enorme porta-malas de 563 litros.
Veredicto: O que esta edição especial entrega não condiz com a proposta apresentada pela fábrica. E, ainda que você simpatize com o Cobalt, essa edição especial vale apenas somente se você gostou muito – mas muito – do visual, já que entrega poucos equipamentos adicionais.