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Chevrolet Camaro

Com a missão de virar um símbolo global da marca, o Camaro muda a receita para continuar entregando a mesma essência esportiva

Por Paulo Campo Grande
Atualizado em 9 nov 2016, 14h38 - Publicado em 20 ago 2015, 17h08
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O Camaro é um ícone da indústria americana. Desde o seu lançamento, nos anos 60, até hoje, seis gerações depois, ele tem uma grande legião de fãs nos Estados Unidos. Agora, a GM quer usar essa fama para reforçar a imagem da Chevrolet nos mercados internacionais. Dentro de sua estratégia de marketing, a GM elegeu a Chevrolet como marca mundial do grupo, enquanto Opel (Alemanha), Vauxhall (Reino Unido), e Buick (EUA e China), entre outras, ficam com os mercados regionais. E o Camaro tem a missão de associar esportividade à marca da gravatinha.

Para atingir o objetivo, o Camaro precisou mudar sua receita de sucesso, no entanto. Ele teve de abrir mão de algumas das características que agradavam aos consumidores americanos para se adequar a um gosto mais global. Em poucas palavras, ele passou a permitir maior interatividade entre o motorista e a via, coisa que ficava em segundo plano nos projetos anteriores, onde o desempenho era tão importante quanto o conforto.

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Nós não precisamos de muito tempo para notar as diferentes calibragens do novo Camaro em relação às de seu antecessor. Já nos primeiros quilômetros, sentimos a direção mais direta e a suspensão mais sensível. Em alguns momentos, o Camaro fez lembrar o Corvette, esportivo que também se tornou mais bravo e agressivo nas duas últimas gerações.

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Visualmente, o Camaro manteve sua essência. Mas até aí houve mudanças. Por fora, as linhas de cintura e de teto são as mesmas. Os vincos do capô, porém, foram acentuados para deixar o carro mais musculoso. Na dianteira, grade, faróis e para-choques são novos. E no lugar dos faróis de neblina entraram luzes diurnas com leds. Na traseira, lanternas, para- choque e aerofólio foram alterados. O berço da placa, que era retangular, agora é trapezoidal. Por dentro, os designers se desobrigaram de encaixar mostradores redondos em molduras quadradas, como mandava a tradição. Os instrumentos ficaram todos reunidos em uma tela digital e no console inferior, onde antes havia quatro mostradores (pressão do óleo, temperatura do óleo, voltagem da bateria e temperatura do óleo da transmissão), surgiram duas saídas de ar redondas. Fazer muitas referências ao passado foi mais importante na geração anterior que relançou o Camaro (a quarta geração saiu de linha em 2002 e a quinta só chegou em 2010).

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CÂMBIO MANUAL

Indo mais fundo nas mudanças, descobre-se que o Camaro tem nova arquitetura. Sai de cena a plataforma Z, que estreou no sedã australiano Holden Commodore em 2006, entra a Alpha, que chegou a bordo do Cadillac ATS, em 2013. Essa troca trouxe como benefício a redução de peso em 60 kg, considerando a estrutura, ou em até 90 kg com o carro inteiramente montado, dependendo da versão. Além disso, a rigidez torcional da carroceria aumentou em 28%, segundo a fábrica. Na prática, isso melhorou a segurança, o rendimento e a dirigibilidade do modelo.

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A nova arquitetura é menor que a antiga, em todas as dimensões. O comprimento foi a medida que mais encolheu: 5,2 cm. Na distância entre-eixos a redução foi de 4,1 cm. Mas o espaço interno não diminuiu, aparentemente. Talvez, no banco de trás, tenha ficado mais apertado. Como o Camaro é um cupê 2+2, no entanto, esse é um lugar onde nunca houve muito espaço.

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Nos Estados Unidos, o Camaro tem três opções de motor: 2.0, de 279 cv; 3.6 V6, de 340 cv; e 6.2 V8, de 460 cv, com a possibilidade de virem com câmbio manual de seis marchas ou automático de oito. Outro sinal dos tempos: motor 2.0 de quatro cilindros e câmbio manual é um conjunto mecânico típico de carro europeu. Em nossa avaliação dirigimos as versões V6, embora o carro das fotos seja o V8. Além do motor, e de alguns recursos exclusivos da versão top de linha, como a opção de amortecedores magneto-reológicos e de um sistema eletrônico Drive Mode Selector, que ajusta as respostas do acelerador, da transmissão e da suspensão, aparentemente não há diferença de acabamento e conteúdo entre as versões V8 (SS) e V6 (RT).

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As duas têm central multimídia, rodas de liga, seis airbags e ESP, entre outros equipamentos. Os bancos são de couro, em duas cores, e o painel tem material emborrachado e detalhes em plástico cromado. Todos materiais têm boa qualidade percebida, com exceção do plástico liso usado nas soleiras das portas e também nas laterais da traseira da cabine. Sem textura, essas peças parecem componentes usados em protótipos como moldes.

Oficialmente o Camaro ainda não tem data para chegar ao Brasil. Mas o mais provável é que o desembarque seja no final de 2016. Ele deve ser um dos destaques da Chevrolet no Salão do Automóvel de São Paulo, que acontecerá em outubro.

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VEREDICTO

Com mudanças milimetricamente calculadas no design, o novo Camaro manteve o carisma de sempre, ao mesmo tempo que evoluiu muito, principalmente no comportamento dinâmico.

★★★★★

FICHA TÉCNICA
Motor bloco de alumínio, dianteiro, VVT, injeção direta. 2.0 Turbo (279 cv, 41 mkgf), V6 3.6 (340 cv, 39 mkgf) e V8 6.2 (460 cv, 63 mkgf)
Câmbio automático, 8 marchas/ manual, seis marchas/ traseira
Dimensões comprimento, 478,4 cm; altura, 134,8 cm; largura, 189,7 cm; entreeixos, 281,1 cm
Tanque 70 litros
Suspensão dianteira McPherson
Suspensão traseira multilink
Freios discos vent. nas 4 rodas
Direção elétrica
Pneus 275/45 R21
Equipamentos airbags, ESP, central multimídia, GPS, OnStar, luzes de posição led, rodas de liga-leve e volante multifuncional.
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