Relâmpago: Assine Digital Completo por 3,99

BMW X5 diesel

Primeiro BMW a utilizar diesel no Brasil, o X5 30d chega embaralhando percepções: tem agilidade de hatch, rapidez de esportivo e força de caminhão

Por Ulisses Cavalcante
23 jun 2015, 01h04
testes

Nas duas vezes em que precisei abastecer o X5, tive que reconfirmar meu pedido aos frentistas: “Sim, diesel”. Mas as palavras não bastaram. Só a inscrição “diesel”, em letras maiúsculas, no bocal do tanque desfez as expressões de estranhamento. E não é por menos. É a primeira vez que um BMW é vendido no Brasil com essa motorização.

Na estreia, o grandalhão passou alguns dias aqui na redação. A convivência com o X5 diesel trouxe boas impressões. A primeira delas é a suavidade de rodagem. Claro, a diferença de ruído é nítida, sobretudo em marcha lenta, mas o nível de vibrações equivale ao de um carro a gasolina. No entanto, a melhor surpresa veio durante a apuração dos números de teste: o X5 obteve resultados dignos de esportivos. Apesar de seus 2 145 kg, foi de 0 a 100 km/h em 6,8 segundos. E não se mostrou competente só para acelerar. Frear também é seu forte: o grandalhão de 4,89 metros de comprimento por 1,94 de largura precisa de apenas 14 metros para ir de 60 km/h até a parada total. Ao ler esse número, fiz igual ao frentista: desconfiei e reconfirmei. Mas foi em vão. Realmente o X5 freia praticamente no mesmo espaço exigido por um Porsche 911 (13,6 metros).

Quando a medição de consumo também trouxe resultados incoerentes com a aparência do SUV (10,5 e 13,3 km/l, nos ciclos urbano e rodoviário), entendi que a personalidade multipolar do X5 é regra, não a exceção. O alemão mistura elementos de vários tipos de veículos: o Launch Control (assistente de arrancada) é comum em esportivos. Motor diesel, coisa de utilitários. Ar-condicionado de quatro zonas e telas traseiras de alta definição com DVD, comuns em minivans. Para manobrar, a direção eletro-hidráulica progressiva resume o trabalho de volante a meras duas voltas – quase um carro de cor rida. Um Chevrolet Trailblazer, SUV de mesmo porte, tem 3,4 giros.

O 3.0 seis-cilindros turbo sob o capô ignora aclives ou o peso do carro. Com 258 cv e tremendos 57,1 mkgf de torque, esse BMW não diferencia uma via plana de uma subida, mesmo carregado – e isso é sentido pela pouca carga no acelerador para vencer obstáculos. Por R$ 354 950, não dá para falar em pechincha, mas o valor é competitivo. O X5 avaliado, um 30d Full, custa R$ 379 950. Ainda assim, menos que o Range Rover 3.0 V6 SE (R$ 385 900). O preço extra inclui câmeras 360o e faróis adaptativos de xenônio. Coisas típicas de SUV.

Continua após a publicidade

VEREDICTO

Competente em diferentes aspectos, é um dos carros mais versáteis do mercado. Custa caro, mas é uma excelente compra.

★★★★★

Publicidade


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

DIA DAS MÃES

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 14,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.