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BMW i3

Voltado essencialmente para a cidade, ele está de malas prontas para o Brasil

Por Joaquim Oliveira | Fotos Divulgação
Atualizado em 9 nov 2016, 10h42 - Publicado em 15 out 2013, 00h48
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Ouvimos falar de carros elétricos há décadas, mas o reduzidíssimo número de modelos vistos pelas ruas do planeta são o principal indicativo de que a tecnologia não atingiu ainda um grau de maturação que lhe permita ser alternativa real aos automóveis convencionais. Não por acaso, custo, peso e dimensões avantajadas das baterias, além da baixa autonomia, são o maior empecilho para a decolagem dos elétricos: eles ainda são caros, pesados e têm o espaço (de cabine e porta-malas) reduzido para acomodação das baterias. É para vencer esses desafios que as fábricas concentram suas forças – e investimentos. A BMW, por exemplo, criou em 2009 a BMW i, mais do que uma divisão de elétricos e híbridos, uma marca nova e com vida própria, segundo a empresa. E aqui está o primeiro produto BMW i vendido ao público: o urbano i3, que chega ao mercado europeu no fim de 2013 (por 35 000 euros) e ao Brasil no segundo semestre de 2014.Diferentemente do que acontece nos principais mercados consumidores de automóveis, o Brasil não conta com uma política de incentivo específica para a compra de veículos híbridos e elétricos. Assim, não seria exagerado projetar um valor do i3 por aqui acima dos 200 000 reais.

Opcionalmente, o i3 oferece um motor a combustão com dois cilindros de 620 cm3 emprestado da linha de motocicletas da BMW. Ele está lá apenas para cumprir a função de gerador de carga e aumentar a autonomia do veículo de 190 para 340 km. Isso explica o diminuto tanque de gasolina, com capacidade para apenas 9 litros. Feito para quem vai basicamente para cumprir o trajeto casa-trabalho-casa, o item deverá ser dispensado pela maioria dos compradores. Estes poderão “abastecer” seu i3 de duas maneiras: por meio de uma tomada comum ou um carregador vendido pela BMW i como acessório (por 795 euros, na Europa). Segundo a marca, a segunda opção possibilita um recarregamento otimizado e mais rápido, atingindo até 80% da capacidade máxima das baterias em menos de 3 horas – cerca de 30% mais rápido do que a recarga numa tomada simples.

Além do i3, outros modelos serão criados pela BMW i. Todos seguirão o mesmo conceito construtivo, batizado de Life Drive. Na parte inferior, uma estrutura toda de alumínio que inclui o chassi, o motor elétrico e as baterias. No andar superior, uma segunda estrutura forma o habitáculo, construído com ampla aplicação de materiais leves e de alta resistência, como plástico de engenharia, fibra de carbono e alumínio. Esse é o segredo para que o i3 pese apenas 1 270 kg (1 390 no caso da versão com extensor de autonomia).

As portas traseiras são de abertura invertida, tipo suicida. Sem coluna central, a entrada e saída dos (dois) passageiros de trás é fácil. No entanto, as portas traseiras só abrem se as da frente estiverem abertas. O piso é bastante alto – ele abriga as baterias, lembra? -, o que obriga a alguma ginástica para acessar a cabine. Os finos bancos dianteiros incorporam os apoios de cabeça, enquanto os traseiros, rebatíveis, permitem gerar uma zona de carga totalmente plana. Atrás do volante, uma pequena tela digital reúne as informações básicas à condução, enquanto no centro do painel um monitor colorido exibe um cardápio mais completo, com as funções do iDrive, o sistema de infotenimento da BMW.

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A experiência pode ser temperada com os modos de uso Comfort, Eco Pro e Eco Pro+, neste caso limitando a velocidade máxima a 90 km/h. A sofisticada suspensão (McPherson na dianteira e multilink na traseira) ajuda a criar uma sensação de elevada estabilidade, algo importante, uma vez que os estreitos pneus (155/70 R19) sugerem exatamente o contrário. Para deixar claro que o i3 é um legítimo BMW, a marca fez questão de reforçar o seu DNA neste carrinho, como a tração na traseira e a perfeita distribuição de peso (50/50) entre os eixos dianteiro e traseiro. A experiência ao volante agrada, sem a inclinação excessiva da carroceria. Apesar de ter mais de 1,5 metro de altura, o acondicionamento das baterias no piso gera um centro de gravidade baixo. A aceleração instantânea e as retomadas vigorosas impressionam: de acordo com a marca, o i3 faz de 0 a 100 km/h em 7,2 segundos e não precisa de mais que 4,9 segundos para saltar de 80 a 120 km/h.

Só mesmo a frenagem exige atenção especial. O sistema regenerativo se encarrega de “matar” a velocidade do carro tão logo o pé saia do acelerador. A BMW i anuncia que em 80% da condução urbana não é sequer necessário tocar o pedal do freio. Para evitar acidentes, a luz do freio se acende mesmo que o pedal não esteja pressionado.

Bem-vindo ao novo estilo de vida BMW.

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VEREDICTO

Ele tem a pegada BMW, mas é muito caro para um veículo pequeno e de baixíssima autonomia, já que no Brasil ele custaria mais que dois Série 1 juntos.

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