Recém-lançado na Europa, o Jeep Avenger atraiu, por conta de sua aparência, o simpático apelido de “baby Renegade”. Na verdade, o novo caçula da marca norte-americana está mais próximo do sucessor de nosso Fiat Argo, que por sua vez tem parentesco na distante Sérvia.
A fusão que culminou na Stellantis deu início a um intenso intercâmbio tecnológico entre as marcas do grupo. E é daí que se origina a próxima geração do Argo, que será feita sobre a plataforma CMP, oriunda da antiga fusão entre Citroën e Peugeot. É a mesma base do Avenger – este o primeiro membro de uma família mais ampla.
Enquanto começa a adotar sua nova plataforma modular STLA – que logo será a base de todo o catálogo – a Stellantis usará a CMP, mais barata e simples, para eletrificar e renovar segmentos sensíveis ao preço, como carros de entrada e mercados de países emergentes.
É aí que o Argo ganhará sobrevida: o hatch brasileiro será uma adaptação da nova geração do Fiat Panda, que vem sendo desenvolvido na Europa. A equipe de Betim (MG) já colabora com o Velho Continente, a fim de adaptá-lo para as necessidades locais.
O novo Argo será produzido em Minas Gerais a partir de 2025, enquanto o seu irmão será fabricado na Sérvia já no ano que vem.
Dá para esperar mudanças radicais no visual, que, segundo o site Autos Segredos, terá inspiração no carro-conceito Fiat Centoventi. Em termos mecânicos, o Brasil pode almejar versões híbridas leves de entrada e híbridas plug-in no topo de linha. Mas tudo ainda está no campo especulativo.
Até que seja completamente substituída pela STLA Small, voltada para hatches e SUVs compactos, a CMP será explorada ao máximo pelo grupo. A partir dela, são esperados até modelos Lancia e Alfa Romeo. Uma nobreza à qual o Argo nunca imaginou pertencer.