O lançamento do Jeep Compass 2025 está gerando grande expectativa no mercado automotivo. Com informações exclusivas obtidas pela QUATRO RODAS, já sabemos que o SUV médio da Jeep está prestes a passar por uma transformação significativa em sua oferta de motores ainda no primeiro semestre de 2024.
O destaque, claro, ficará por conta do 2.0 motor turbo a gasolina. Ele chega, inclusive, para marcar terreno e aposentar o atual 2.0 turbodiesel, seguindo os passos do Jeep Renegade.
Por que o Compass a diesel vai acabar?
A indústria automotiva tem presenciado uma redução na demanda por veículos a diesel, evidenciada pela dificuldade de venda de modelos seminovos a diesel nas concessionárias. O novo motor 2.0 GME turbo a gasolina, compartilhado com a Ram Rampage, promete 272 cv de potência e 40,9 kgfm de torque — características que atendem tanto ao público em busca de esportividade quanto àqueles que desejam agilidade no dia a dia. A transmissão de nove marchas com tração integral melhora as coisas ainda mais.
Historicamente, o diesel foi preferido por seu custo menor em comparação à gasolina. No entanto, essa realidade mudou: atualmente, ele está mais caro, com a Petrobrás apontando um custo médio de R$ 5,92 por litro de diesel contra R$ 5,56 da gasolina. Além disso, a diferença de preço de versões a diesel e a gasolina do Compass supera os R$ 40.000, tornando a opção menos atrativa financeiramente, considerando o custo-benefício e o retorno sobre o investimento em longo prazo.
A Ram Rampage (que usa o 2.0 TD que o Compass abandonará e o 2.0 GME que entrará em cena) tem ambas as opções de motor na versão Laramie. Com gasolina, a picape sai por R$ 260.990 e faz 7,8 km/l na cidade. A outra opção rende 9,9 km/l, custando apenas R$ 10.000 extras.
Mesmo assim, é necessário rodar 58.333 km para que o preço se pague. Isso sem considerar que o motor 2.0 TD tem um pouco a menos de torque e 102 cv a menos de potência . A autonomia, claro, segue maior, mas isso importa pouco para o público majoritário do Compass, que vive e passa a maior parte do tempo na cidade. Em regiões mais isoladas do Brasil, por outro lado, quem tem dinheiro compra uma picape (setor no qual o diesel segue rei).
O futuro dos SUVs médios e os novos Compass
O mercado de SUVs está em constante evolução, com a chegada iminente de modelos híbridos que oferecem mecânica avançada, consumo otimizado e manutenção mais acessível. Assim, quem compra um modelo zero-km agora (querendo revendê-lo em alguns anos) encontrará um mercado acostumado e sedento por eletrificação.
Diante disso, a substituição será estratégica: o Compass Blackhawk apostará na estética esportiva para substituir o atual Trackhawk, que evoca o lado off-road e faz menos sucesso que o Serie S. O novo Compass Overland, por sua vez, será menos urbano que o Serie S, e ainda é difícil prever como ambos serão posicionados. Já o novo Compass Longitude substituirá versão idêntica a diesel, restando a dúvida se a opção do motor 1.3 permanecerá.
Em termos de preços, não espere grandes modificações. É provável que as novas versões fiquem na faixa de R$ 230.000 a R$ 270.000.