Depois de lançar três carros híbridos que vêm fazendo sucesso, a GWM se prepara para vender, no Brasil, seu primeiro elétrico. A chinesa, que fabricará carros no interior de São Paulo a partir do ano que vem, abrirá mão da cautela com uma escolha ousada em termos de design.
Esse próximo lançamento é o ORA Funky Cat, que, apesar do nome curioso, será vendido no mercado nacional apenas como ORA GT. É a estreia da segunda submarca do grupo no país, após os SUVs híbridos da Haval.
Nada chama tanta atenção quanto o design do compacto, que tem dianteira parecida com a do Mini Cooper mas com para-choque à moda do Smart #1, bem curvilíneo. Os traços suaves também valem para a carroceria (um fator aerodinâmico importante) e, na traseira, o estilo retrô dá lugar a lanterna minimalista embutida no vidro.
Curiosamente, o veículo foi desenvolvido em parceria com a BMW, dona da Mini. Dessa forma, além de compartilhar elementos com o Cooper elétrico que chega em breve, o chinês também serviu para influenciar o design da nova geração do clássico britânico.
Ainda não sabemos se a GWM do Brasil irá tropicalizar aspectos de decoração do carro, como fez no Haval H6. Caso negativo, o ORA GT será vendido com interior estiloso, no qual predominam cores chamativas nos bancos e paineis. O que é certeza é o uso de duas telas flutuantes com 10,25” cada, servindo de quadro de instrumentos e central multimídia.
O nosso ORA GT corresponde ao Funky Cat GT, topo de linha em lugares como Alemanha e Reino Unido. A bateria de 63,1 kWh deve permitir alcance superior a 300 km mas, em casos ideias como deslocamentos urbanos em dias mais quentes, esse número pode beirar os 500 km.
Há um motor elétrico na dianteira, que oferece 171 cv e 25,5 kgfm. Ele permite que o compacto vá de 0 a 100 km/h em cerca de 8 s, com velocidade máxima de 160 km/h.
Preços agressivos
Apesar dos predicados que colocariam-no em patamar acima dos elétricos mais baratos do Brasil, o ORA GT deve concorrer justamente com o quarteto formado por JAC E-JS1, Renault Kwid E-Tech, Caoa Chery iCar e, principalmente, o recém-lançado BYD Dolphin.
O elétrico da GWM tem números semelhantes ao BYD de entrada mas pode se sobressair por conta de tamanho um pouco maior e uma outra opção de design. Nada disso, entretanto, deve agradar tanto ao consumidor nacional quanto o preço.
Dessa forma, é provável que o modelo custe menos do que R$ 150.000. Só teremos certeza disso, entretanto, daqui a algumas semanas, quando a marca fará sua apresentação oficial no Festival Interlagos, que ocorre no circuito paulistano ao final de julho.