Mesmo com espaço cativo nos corações (e garagens) dos entusiastas, o Honda Civic hatch nunca vingou no Brasil. O modelo só foi importado por aqui na década de 90, em sua maioria na mítica versão VTi. Lá fora, porém, o Civic cinco portas ainda vive muito bem, obrigado.
Apesar de restrito a alguns mercados (como Europa e Estados Unidos), ele acompanha todas as atualizações feitas na décima geração do sedã, como motor turbo e câmbio CVT. Mas as normas de emissões e consumo cada vez mais restritivas fizeram a Honda lançar um Civic com motor 1.0. Isso mesmo, um 1.0 de três cilindros!
Felizmente, foi-se o tempo que ter só 1-litro de deslocamento era motivo de piada. O conjunto de alumínio repete as soluções presentes na concorrência, como injeção direta de combustível, variação de fase e levante nas válvulas – além, claro, do turbo – para gerar saudáveis 129 cv e 20,4 mkgf de torque.
Segundo a Honda, isso permite um aceleração de 0 a 100 km/h em 11,2 segundos na versão com câmbio manual de seis marchas. Ainda há uma opção com caixa CVT – igual à adotada no Civic nacional – na qual o torque máximo cai para 18,3 mkgf de 1.700 rpm a 4.500 rpm. Tudo isso consumindo pouco: a Honda diz que o hatch faz 15,6 km/l na cidade e 22,6 km/l na estrada.
Por falar em nacional, o motor 1.5 turbo do Civic Touring também é oferecido na carroceria hatchback. Só que o conjunto vai além dos 173 cv do irmão brasileiro, podendo bater nos 180 cv na versão americana com gasolina de alta octanagem. Outra diferença importante a favor do Civic hatch 1.5 é a oferta do câmbio manual – o sedã brasileiro é vendido somente com a caixa CVT.
A única coisa que não muda é o conservadorismo das marcas de trazer modelos “de nicho” (como os esportivos Si e Type R) para o Brasil. Sendo assim, como ocorre desde o século passado, não há previsão de nenhum Civic hatch ser vendido por aqui.