Quase poderíamos simplesmente repetir o texto mudando alguns nomes: a Volkswagen é mais uma fabricante que abandonará seus motores a combustão. A partir de agora, todos os novos motores da alemã serão elétricos, sem planos para novas unidades a gasolina, álcool ou diesel.
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O anúncio foi feito pelo próprio CEO da empresa, Ralf Brandstätter, em entrevista ao site alemão Automobilwoche, seguindo comunicado da irmã Audi, que tomou decisão semelhante na semana passada. Estratégias semelhantes vêm sendo adotadas por quase todas as montadoras, de olho no arrocho das regras ambientais dos grandes mercados automotivos.
Abandono gradual
De acordo com Brandstätter, não há planos da Volkswagen lançar novos motores a combustão daqui em diante. Entretanto, como não é fácil simplesmente largar o petróleo de uma vez, os motores já existentes serão aperfeiçoados para se encaixarem nas cada vez mais rígidas normas ambientais.
“Precisamos desses motores por mais algum tempo, e por isso eles terão que ser o mais eficiente possível”, explicou o executivo, ressaltando que a venda de modelos a diesel e gasolina é muito importante “para financiar a transformação completa” rumo aos EVs.
Obviamente os planos da VW no mercado elétricos estão avançados, e a família ID conta com modelos que vão de hatches ao SUV grande ID.6, prestes a ser vendido na China.
A Volkswagen não cravou datas para que os carros elétricos dominem sua frota, mas já anunciou sua nova plataforma SSP (Scalable Systems Platform), que não esconde ambições de roubar mercado da queridinha Tesla.
A década será de profundas mudanças: a Ford, por exemplo, já anunciou que venderá somente híbridos os full-EVs a partir de 2024, com esses dominando a partir de 2030.
Prazo semelhante é seguido pela Volvo e Stellantis, cuja meta é oferecer versões híbridas para todos os modelos do conglomerado a partir de 2025, ao menos nos EUA e Europa. A GM prometeu a eletrificação total para 2035.
Em seu recente Power Day, a empresa de Wolfsburg definiu a missão de, até o fim da década, ter EVs como 70% de suas vendas. Isso significa demanda de 240 GWh de baterias, supridas com seis grandes fábricas europeias.
Com os modelos ID.3, ID.4, ID.5 e ID.6, além do e-Up!, a fabricante pretende vender até 450 mil elétricos ao longo de 2021.
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