Toyota da Argentina confirma o fim da produção do Yaris Sedã
Fim do três volumes já estava premeditado e vai abrir espaço para a produção do SUV Yaris Cross na fábrica de Sorocaba
O Toyota Yaris Sedã já tinha um fim premeditado, mas agora ele é real. A fábrica de Sorocaba, no interior de São Paulo, está encerrando a produção do três volumes, assim como das versões manuais do hatchback, que eram importadas para a Argentina.
Inclusive, é de lá que vem a informação do fim do Yaris Sedã. O site Motor1 Argentina conseguiu a informação através de concessionários locais, que posteriormente foi confirmada pela divisão Argentina da Toyota através de um comunicado: “A partir de novembro, a Toyota deixará de produzir o sedã Yaris e opções que incluem transmissão manual. Além disso, as variantes XLS e XLS Pack são unificadas em uma alternativa chamada XLS+. Desta forma, a gama Yaris no nosso país é composta pelas versões hatchback XS, XLS+ e S, todas equipadas com transmissão automática”. Procurada por QUATRO RODAS, a subsidiária brasileira da Toyota ainda não se pronunciou sobre o fim da produção do Yaris Sedã.
A escolha para manter o hatch são as vendas. Ele vende mais que o sedã, embora a diferença não seja tão grande. No acumulado de 2024, o Yaris Hatch tem 23.087 emplacamentos, enquanto o três volumes soma 19.192.
Com a saída do Yaris Sedã, que deve se manter à venda até o início de 2025 graças às unidades em estoque, o caminho fica livre para a chegada do Yaris Cross. O SUV compacto é aguardado há um certo tempo no Brasil e utilizará um motor 1.5 híbrido flex.
Na verdade, ele já deveria ter estreado no Brasil, mas graças à crise na Daihatsu e ao escândalo de manipulação de testes de colisão que envolveu a Toyota, os planos precisaram ser mudados. Inclusive, o hatch também deveria sair de linha com o sedã, mas o novo planejamento garantiu a ele uma sobrevida.
Essa reformulação também afetará os irmãos Corolla e Corolla Cross. A ideia é que, nos próximos dois anos, toda a produção da Toyota seja concentrada em Sorocaba. O primeiro passo foi mudar a operação de fabricação de peças de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, para o interior.
Em seguida, o Corolla terá sua produção dividida entre a fábrica de Indaiatuba e de Sorocaba. Assim ele se manterá até 2026, quando a unidade sorocabana passará por uma ampliação que pode chegar aos 50%. Dessa forma, a fábrica não só produzirá os dois Corollas, como também suas baterias, que atualmente são importadas.