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Tesla Cybercab faz mundo relembrar Volkswagen que fazia 100 km/l

Apesar de parecer ter um visual inovador, o novo Tesla Cybercab se parece muito com um antigo modelo da Volkswagen produzido há mais de 10 anos

Por Lucas Parente
Atualizado em 24 out 2024, 10h13 - Publicado em 24 out 2024, 10h10
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 (Piston Heads/Divulgação)
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O Tesla Cybercab foi anunciado na semana passada, mas algo muito semelhante ao seu design já existe há mais de dez anos. Trata-se do Volkswagen XL1, um veículo super leve, de aerodinâmica primorosa e capaz de rodar 100 km com apenas 1 litro de diesel.

Em 2002, Volkswagen teve a sua primeira tentativa de fazer algo parecido, com o conceito 1-Litre. A marca apostou em uma cabine estreita para apenas duas pessoas, que se manteve até o modelo de produção do XL1. Além disso, as rodas ficavam escondidas, com foco na aerodinâmica, e o responsável por fazer o carro rodar era um pequeno motor de apenas 1 cilindro.

O conceito evoluiu e em 2009 recebeu um novo conjunto mecânico, um motor a diesel de 800 cm³ combinado a um motor elétrico. Esse conceito se manteve até a apresentação oficial do modelo durante o Salão do Automóvel do Qatar de 2011.

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(Piston Heads/Divulgação)

O VW XL1 de produção tinha muitas mudanças em relação a versão conceito. O design ficou mais próximo de um “carro normal”, mas os grandes destaques eram: o baixo peso e aerodinâmica. Pesando meros 795 kg, o híbrido da VW tinha chassi de fibra de carbono reforçada com plástico. A fibra de carbono também está presente em diversos componentes do carro.

Em questão de tamanho, o XL1 é bem pequeno: tem 3,90 m de comprimento, 1,66 m de largura e míseros 1,11 m de altura. Mas, assim como o novo Tesla Cybercab, as portas se abrem para cima, no estilo asa de gaivota, o que facilita a entrada no carro.

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(Piston Heads/Divulgação)

O VW XL1 parece uma verdadeira espaçonave pelo lado de fora. A frente tem faróis afilados e interligados, com um capô bruto e carroceria colada ao chão. A lateral destaca as portas e o diferente formato da carroceria, que se completa sendo totalmente fechada na traseira, com as rodas escondidas e sem vidro traseiro.

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Os motores são montados na traseira e o espaço é compartilhado com um pequeno porta-malas, com apenas 120 litros. A lanterna traseira liga uma ponta à outra do carro.

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Já na cabine, encontramos elementos padrões de carros da VW, apesar da vasta utilização de fibra de carbono por todo o painel. O volante é simples, assim como os controles de ar e câmbio. No entanto, o carro já estava equipado com freio de estacionamento eletrônico.

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(Piston Heads/Divulgação)

Um destaque para o interior fica para as janelas, que são de plástico e se abrem por meio de uma manivela. Há ainda uma pequena tela central de infoentretenimento (igual ao do VW Up) e um conjunto analógico no painel de instrumentos.

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(Piston Heads/Divulgação)

O conjunto mecânico é formado pelo motor 800 cm³ turbodiesel de 48 cv, que é literalmente o 1.6 TDI da VW divido ao meio. Em conjunto, há um motor elétrico de 27 cv, que é alimentado por uma bateria de lítio que pode ser carregada na tomada. Esse conjunto combinado gera 68 cv e 14,2 kgfm. O câmbio é automatizado de dupla embreagem e sete marchas.

Por incrível que pareça, o desempenho no 0 a 100 km/h é razoável: 12,7 s de acordo com a fábrica. Mas o que impressiona são os 50 km no modo elétrico ou os mais de 500 km de autonomia com um pequeno tanque de apenas 10 litros. O consumo é de apenas 1 litro a cada 100 km (em média).

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(Piston Heads/Divulgação)

A Volkswagen chegou a investir uma quantia de R$ 6,2 bilhões de reais neste projeto. No entanto, apenas 250 unidades do XL1 foram produzidas pela montadora, sendo apenas 200 vendidas para o público geral. O valor de venda do modelo era salgado, claro, o que afastou muitos compradores: cerca de € 110.000 (quase R$ 700.000) na época. Atualmente, é muito raro encontrar exemplares à venda.

O Volkswagen XL1 com certeza estava muito à frente do seu tempo. Seja pelo seu visual diferente e futurista, ou por seu conjunto mecânico inédito para a época. E também é difícil mensurar sua importância para a engenharia da Volkswagen, porque a indústria acabou abandonando os motores diesel pequenos para apostar em híbridos plug-in a gasolina e em elétricos nos últimos anos.

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(Piston Heads/Divulgação)
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