Ricardo Sennes: diretor da Prospectiva Consultoria Internacional
Consumidores e montadoras não devem esperar mudanças profundas nos rumos da economia no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Independentemente da nova equipe que comandará a economia a partir de janeiro, o motor do governo deve funcionar no modo “econômico” – para usar um jargão do meio automotivo. Ou seja: baixa rotação e uso moderado do acelerador. Em linhas gerais, essa foi a mensagem transmitida por Ricardo Sennes, diretor da Prospectiva Consultoria Internacional. Para ele, o país deve seguir com crescimento pequeno, de cerca de 2% em 2015. “Com esse número, o Brasil não vai ser um tigre asiático, mas também não vai ter crise.” Pelo lado positivo, o consultor chama atenção para o fato de que, apesar de tudo, o Brasil permanece sendo o terceiro país que mais atrai capital internacional para investimento. “Nos últimos anos, o país colocou 35 milhões de consumidores no mercado, uma Argentina inteira. A taxa de desocupação caiu e a formalização aumentou”, analisou. “Ainda estamos ganhando o jogo.”
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