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Jörg Hofmann: “Luxo seria não investir aqui”

"O segmento premium pode chegar a 120 000 carros por ano em 2020. por isso, teremos a3 sedan nacional em 2015 e Q3 em 2016"

Por Redação
Atualizado em 9 nov 2016, 14h10 - Publicado em 19 nov 2014, 23h19
revista

Jörg Hofmann: presidente e CEO da Audi Brasil

De um lado, montadoras tradicionais enfrentando um mercado em queda. De outro, novas marcas, fabricantes de veículos de luxo, anunciando a chegada ao país, com produção local. Com intervalo de tempo muito pequeno, BMW, Mercedes, Audi e Land Rover anunciaram grandes investimentos no Brasil. Contradição? Não. O que explica essa movimentação é oportunidade. Uma das tendências que ficaram mais evidentes no Direções Quatro Rodas é que a anemia do mercado é passageira e, no longo prazo, a perspectiva é de melhora. Em sua palestra, Jörg Hofmann, presidente e CEO da Audi Brasil, disse que a existência de 172 000 milionários no país justifica voltar a produzir aqui – a Audi fabricou o A3 de 1999 a 2006.

Mas há outros fatores. Apesar da alta da inflação, dos juros e do dólar, o executivo alemão disse que a Classe A deve crescer no Brasil, o que vai possibilitar a venda de produtos mais caros. Hofmann mostrou que a penetração de marcas de luxo ainda é baixa no país. “Enquanto as marcas premium representam 29% das vendas na Alemanha, 10% nos EUA e 9% na China, no Brasil elas são de apenas 2%.”

Segundo o executivo, esse percentual deve dobrar até 2020, com vendas anuais podendo chegar a

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120 000 veículos. Para atender a essa demanda, a Audi prepara-se para lançar o A3 Sedan nacional em 2015 e o Q3 em 2016. A rede de concessionárias da marca também deve crescer, indo dos atuais 40 para 50 em 2015, até atingir 67 em 2020. Com isso, o objetivo é estar presente em todas as regiões do país, incluindo capitais como Manaus, Teresina e São Luís. “Os brasileiros gostam de design e de esportividade”, diz Hofmann. E não vê tantas restrições às condições de piso. “De São Paulo ao Guarujá ou a Juqueí [litoral norte do estado], as estradas são comparáveis às alemãs”, diz. “Na Audi, somos otimistas em relação ao Brasil.” Pelo jeito, ele não está sozinho.

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