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Renegade faz escala em Paris antes de vir ao Brasil

Destaque da Jeep pode ter motor a diesel no país

Por Vitor Matsubara, de Paris (França)
Atualizado em 9 nov 2016, 14h05 - Publicado em 3 out 2014, 14h45
paris-2014

O Renegade é uma presença quase estranha no estande da Jeep no Salão de Paris. Embora seja uma figura já conhecida do público, muita gente vai achar esquisito ver um utilitário esportivo tão compacto para os padrões da marca americana. QUATRO RODAS conheceu cada detalhe do maior lançamento da Jeep nos últimos tempos e atesta: ele vai fazer bastante estrago na concorrência. Principalmente no Brasil.

Talvez você até tenha torcido o nariz para seu design. Mas ao vivo a impressão é bastante diferente do que nas fotos. Suas linhas são bem equilibradas, apesar de um pouco quadradas demais até para os padrões de estilo da marca. Seu estilo lembra um pouco o antigo Kia Soul, embora em uma embalagem um pouco menor. Alguns elementos característicos da Jeep estão presentes no Renegade. O principal deles é a grade frontal com sete entradas de ar, embora no SUV elas cumpram uma função mais estética do que prática, já que elas são fechadas.

Chama atenção o cuidado com detalhes que podem nem ser percebidos pela maioria, como o para-brisa com um pequeno Jeep CJ-5 “escalando” o vidro. Outra característica peculiar é o desenho inusitado das lanternas, com luzes em formato de “X”, nitidamente inspiradas nos antigos galões de combustível instalados nas traseiras dos jipes militares.

O interior traz um nível de acabamento superior a Ford EcoSport e Renault Duster, dois de seus futuros rivais no mercado brasileiro. Agrada bastante a qualidade dos materiais utilizados, com variedade de texturas e esmero nos detalhes. A moldura do console central traz estampado a inscrição “Since 1941”, em referência ao ano de fundação da marca. A posição de dirigir é compatível com a de um utilitário esportivo, devendo agradar em cheio às mulheres. Com um pouco mais de atenção conseguimos até enxergar uma inspiração bastante inusitada para o design da cabine. Segundo a Jeep, o personagem E.T foi a referência principal no desenho das saídas de ar-condicionado e do console central.

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O espaço interno deixa um pouco a desejar diante dos rivais, especialmente quando comparado com o Duster. Atrás dois adultos viajam com conforto, mas um terceiro ocupante sofrerá com o aperto, como acontece na maioria dos carros de passeio. O porta-malas não é tão grande quanto o do Duster, mas também não decepciona, trazendo ganchos para transportar pequenos objetos e uma espécie de bandeja debaixo do assoalho, entre o compartimento de bagagens e o espaço para o estepe – que será um pneu de uso temporário em vez do convencional.

No que diz respeito a motorizações, o Renegade europeu é bastante diferente do modelo que será fabricado em Goiana (PE) a partir de 2015. O nosso SUV terá um motor 1.8 eTorQ a gasolina e possivelmente um 2.0 a diesel. Apesar de ser uma escolha pouco comum para um SUV compacto, especialmente por conta da legislação com uma série de exigências para homologação deste tipo de combustível em um automóvel como o Renegade, uma fonte ligada à Chrysler afirma que o projeto cumpre todas as regras para sua homologação.

Nada foi dito oficialmente sobre preços. Mas é provável que o Renegade tenha valores partindo entre 65 e 70 mil reais. Neste cenário, ele rivalizaria justamente com o EcoSport Freestyle 2.0, não por acaso a versão mais vendida do líder da categoria de SUVs compactos. Novas informações serão apresentadas em menos de um mês, quando o Renegade fará sua grande estreia nacional no Salão do Automóvel de São Paulo.

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