Se há cinco meses não havia Renault Logan ou Sandero abaixo dos R$ 70.000, neste início de 2022 não é possível adquirir nenhum dos dois por menos de R$ 80.000. E ambos têm apenas motor 1.0.
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Antes o Sandero Zen 1.0 era a opção mais barata, mas foi substituída pelo Sandero S Edition 1.0, que herda apenas o para-choque do Sandero R.S, com aberturas maiores, grade em colmeia e luzes diurnas de LED e os faróis sem leds do esportivo Sandero RS, que está se despedindo do nosso mercado.
Com o aumento de R$ 3.500 reais na virada do ano, o Sandero S Edition (que já é vendido como linha 2023) passou a custar a partir de R$ 80.790. E mesmo assim é o Sandero mais barato do Brasil. Mas por exatos R$ 100 a mais é possível levar pra casa o Sandero GT Line, que também tem proposta esportiva e o motor 1.0 flex de até 82 cv de potência e 10,5 kgfm de torque, e câmbio manual de cinco marchas.
Por sinal, o Renault Sandero GT Line não teve aumento de preço e não ganhou linha 2022/2023, indício de que a versão saiu de linha. Questionada pela reportagem, a Renault garantiu que a versão não está saindo de linha. Caso fosse confirmado, a S Edition se tornaria a única versão do modelo.
Bem, isso depois que todas as 100 unidades da série de despedida do Sandero R.S. forem vendidas. Mesmo fora de linha, o hatch esportivo teve seu preço reajustado em R$ 700, para R$ 99.990. Os exemplares com o kit R.S. Finale só poderão ser vendidos até março, pois o motor 2.0 aspirado não se encaixa nas novas regras de emissões impostas pelo Proconve.
Com a virada do ano, o Renault Logan também teve enxugamento na gama de versões. A linha 2023 do sedã compacto está disponível nas versões Life 1.0 (R$ 81.990) e Zen 1.0 (R$ 84.990), perdendo a versão Zen com o motor 1.6 16V de 118 cv, agora exclusivo dos Stepway Zen 1.6 manual (R$ 93.890) e Iconic 1.6 CVT (R$ 106.290).
O fim está próximo
Em passagem no Brasil, o CEO global da Renault, Luca de Meo, sinalizou que os Sandero e Logan apenas cumprirão seu ciclo de vida já traçado e sairão de linha no Brasil daqui a dois anos, no final de 2024.
O aumento dos preços de seus compactos é um movimento em busca de uma rentabilidade global de 5% até 2025. O foco da Renault a partir de agora será se posicionar no mercado em segmentos de carros mais caros, com maior valor agregado, mas sem que isso represente uma mudança no seu posicionamento no país.
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