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Renault Kwid brasileiro não zerou testes de colisão

Unidades fabricadas no Brasil não foram testadas, mas não poderão receber nota máxima

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 12 jul 2017, 23h17 - Publicado em 11 jul 2017, 21h31
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  • renault Kwid crash test do global ncap
    Renault Kwid vendido na Índia ainda tem chassi instável (Latin NCAP/Divulgação)

    Circula nas redes sociais uma notícia na qual o Renault Kwid teria recebido zero estrela (de um máximo de cinco) em um teste de colisão.

    De fato, o teste ocorreu. E, de fato, o Kwid não obteve estrelas. Porém, o veículo em questão não foi fabricado no Brasil.

    Na internet, o teste está sendo divulgado como se fosse do modelo brasileiro. Mas se trata do Kwid produzido na Índia para o mercado indiano.

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    O Renault Kwid indiano é mais simples do que o nacional (Divulgação/Renault)

    Lá, o subcompacto da Renault começou a ser vendido há pouco mais de um ano. Por trás dos testes está o Global NCAP, órgão independente ao qual estão associados o Latin NCAP (que testa carros vendidos na América Latina) e o Euro NCAP (que está por trás dos testes de carros vendidos na Europa).

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    Essa é a história de um carro que não desiste nunca. No primeiro teste, uma unidade sem airbags nem ABS recebeu nota zero (nenhuma estrela) para a proteção dos adultos e duas estrelas para a proteção de crianças.

    Além da falta de airbags, contribuiu para a nota o colapso da estrutura do habitáculo dos passageiros.

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    Lanternas dos carros brasileiros têm elementos internos diferentes (Renault/Divulgação)
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    Após o teste, a Renault reforçou o modelo, que foi submetido a uma nova rodada de testes de impacto. Novamente, zero estrelas. Não houve colapso da estrutura do habitáculo, mas a carroceria foi classificada como instável e sem capacidade de receber cargas adicionais.

    O Global NCAP ainda disse ter encontrado reforços no lado do motorista (direito, na versão indiana), mas não no do passageiro.

    Em seguida, outra unidade com os mesmos reforços e airbag para o motorista foi testada. E pela terceira vez, mesmo com a bolsa de ar nenhuma estrela brilhou.

    [youtube=https://www.youtube.com/watch?v=8RDpoX9caGg&w=680&h=383]

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    Houve alta pressão na região do tórax do motorista após a deflagração do airbag e as pernas dos passageiros da frente poderiam se chocar com as estruturas do painel.

    Meses depois o Kwid indiano encarou seu quarto teste de colisão. Agora com alterações estruturais mais abrangentes, airbag e cinto com pré-tensionador para o motorista.

    Na quarta avaliação, então, o Kwid vendido na Índia recebeu sua primeira estrela em proteção para adultos após o impacto a 64 km/h.

    E o carro brasileiro?

    Renault Kwid brasileiro não zerou testes de colisão
    Renault Kwid Life, que custa a partir de R$ 29.990 (Divulgação/Renault)
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    Na época da divulgação dos primeiros, a Renault do Brasil se apressou em dizer que o Kwid nacional receberia diversos reforços estruturais. O carro nacional inclusive é mais pesado: são 790 kg contra 680 kg do carro indiano.

    Além disso, o modelo brasileiro terá quatro airbags (dois dianteiros e dois laterais) de série em todas as versões.

    É equipamento inédito entre os compactos de entrada e que também depende de reforços nas longarinas e nas colunas B para serem instalados. Obrigatório no Brasil, freios ABS também estarão presentes. 

    kwid_airbags
    Subcompacto terá quatro airbags de série no Brasil (Divulgação/Renault)
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    O que é possível adiantar é que, quando for testado pelo Latin NCAP, o Renault Kwid brasileiro não receberá quatro ou cinco estrelas em segurança.

    Para alcançar as maiores notas nos testes é necessário, além de um bom desempenho nos testes de colisão frontal, controle eletrônico de estabilidade. E o Kwid nacional não terá este equipamento nem na versão mais cara.

    Para ser classificado com três estrelas, é necessário ter ao menos alerta de cinto de segurança desatado para o motorista.

    Apenas com bons resultados nos testes de colisão frontal e lateral, um carro recebe no máximo duas estrelas.

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