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Renault confirma picape conceitual baseada no Duster

Marca celebra mudança da percepção do cliente e se diz atenta a outros segmentos

Por Vitor Matsubara, de Paris (França)
Atualizado em 9 nov 2016, 14h05 - Publicado em 2 out 2014, 15h47
geral

Apesar da crise que também atinge a indústria automotiva, a Renault tem motivos para comemorar. A marca passa por um de seus melhores momentos desde que resolveu se instalar no Brasil, em 1999. Com aproximadamente 7% do mercado nacional, a empresa renovou dois de seus maiores sucessos de venda – Logan e Sandero – e está feliz com os resultados obtidos até o momento. Mas a marca não vai parar por aí, já que novos lançamentos virão nos próximos meses. Quem afirma é o presidente da Renault do Brasil, Olivier Murguet.

Em entrevista exclusiva a QUATRO RODAS, Murguet fez um rápido resumo da trajetória da Renault no mercado brasileiro e revelou o caminho que a empresa seguirá no futuro, inclusive investindo em segmentos até então inexplorados pelos franceses, como o das picapes.

Antes os carros da Renault eram reconhecidos por algumas qualidades, menos o design. Houve alguma mudança na filosofia da marca nos últimos anos?

Nós demos um passo muito importante neste ano com a renovação do Logan, que tem um design marcante, e do Sandero, com um design mais fluído. Os dois têm um design mais marcante. Isso também acontecerá com o Sandero Stepway e o novo Fluence, além dos novos modelos que chegarão ao Brasil nos próximos três anos. Todos investem no desenho, atendendo a vários pedidos. No passado fomos criticados pelo design conservador. Percebmos isso e agora estamos dando a resposta ao mercado, focando no estilo. Até a Master, que é um furgão, tem uma preocupação com o design, mesmo sendo um utilitário. Tudo para que o consumidor tenha orgulho do carro que tem.

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Qual foi a importância de trazer os projetos desenvolvidos pela Dacia ao mercado brasileiro?

A Renault teve três momentos no Brasil. O primeiro deles aconteceu 15 anos atrás, quando entramos com modelos 100% europeus, como Clio e Scènic. Chegamos a uma participação de mercado de 5%, mas nenhum destes modelos nos trazia grandes lucros. Eram produtos inovadores, mas com ciclo de vida limitado justamente pelo pouco volume.

A segunda fase veio com a gama M0, formada por Sandero e Logan. Com eles crescemos no Brasil oferecendo robustez e espaço a um preço acessível. Graças a eles caímos no gosto do consumidor brasileiro e chegamos a 7% de participação do mercado, mesmo com modelos 100% inspirados nos projetos Dacia. Agora estamos vivendo uma fase de força e maturidade. Veja o exemplo do Sandero. Em vez de ser um carro totalmente Dacia, ele virou um projeto mundial. Hoje temos a sorte de contar com várias opções de plataforma, motorizações e design em todo o mundo. Nós conseguimos pegar os melhores ingredientes e fazer uma receita de acordo com as preferências de cada mercado. Comparando o Sandero brasileiro com o europeu, vemos que os motores são diferentes, o interior é totalmente diferente e o design não é completamente igual. Nós usamos uma plataforma global, mas desenvolvemos um produto adaptado ao mercado local. Toda esta mistura é uma tendência para o futuro dentro da marca.

Há algum novo projeto em desenvolvimento para o segmento de populares?

Hoje estamos presentes nesta categoria com o Clio, que vende aproximadamente 2.500 unidades por mês. É um volume razoável, embora este número esteja sujeito a variações pelo fato de o carro ser importado da Argentina. Para competir neste segmento, precisamos ser capazes de produzir um carro abaixo de R$ 25 mil que consiga nos dar lucro. No caso do Clio, é um projeto razoavelmente rentável, até pela idade do projeto, que já se pagou. É verdade que ele não foi projetado para custar pouco, e por isso fizemos várias adaptações e mudanças para chegar a este valor. Estamos, sim, estudando projetar um carro novo e diferente, seguindo estes valores. Ainda não tomamos nenhuma decisão, mas temos muito interesse (em lançar um novo carro popular).

Existe algum tipo de temor quanto à chegada de novos concorrentes para o Duster?

Quando você inaugura um novo segmento (o de “SUVs acessíveis”, nas palavras da marca) como o Duster fez, todos os competidores entram com propostas parecidas. É evidente que o número de concorrentes aumentará e vamos precisar batalhar para manter nossa posição, mas faz parte do jogo. Não temos medo da concorrência. Em contrapartida, estamos sempre estudando a possibilidade de entrar em novos segmentos, especialmente aqueles em que os concorrentes não estão. E posso te garantir que estamos nos mexendo bastante para fazer isso.

Já que o senhor tocou neste assunto, há algum tipo de planejamento para ingressar nestes novos segmentos?

Há dois meses anunciamos investimentos significativos para dois novos modelos, que ainda não foram revelados. No entanto, estamos a um mês do Salão de São Paulo, e lá apresentaremos um estudo de picape baseado no Duster (veja projeção no início da matéria), que é bastante interessante.

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