Recall descuidado do airbag exige outro reparo no Toyota Corolla
Caso Takata ainda não acabou: unidades envolvidas nas convocações anteriores precisarão voltar às concessionárias para mais um serviço técnico
Notícia velha: a Toyota fez mais um recall para airbags do Corolla. Notícia nova: o problema não envolve os insufladores da Takata.
A falha, agora, é com a montagem da peça dos carros afetados pelas convocações anteriores feitas pela marca.
Em resumo, o caso inteiro envolveu unidades cujo airbag podia projetar estilhaços metálicos contra os ocupantes em caso de acidente.
Isso atingiu a Toyota e dezenas de outras marcas que compravam insufladores da Takata. Ou seja, foi necessária a troca das bolsas de mais de meio milhão de carros no Brasil.
O problema agora é que foi detectada uma montagem inadequada dos novos airbags.
Segundo a marca, os modelos afetados (e que passaram pelo recall anterior) podem não abrir o airbag do passageiro corretamente.
E precisarão voltar para mais reparos.
Em caso de colisão, a bolsa pode perder o gás propelente antes de se inflar corretamente.
É normal o airbag murchar após o impacto, mas nesta situação isso iria ocorrer antes da hora.
Isso reduz ou até elimina a eficácia do dispositivo em caso de colisão.
Foram afetadas todas as versões do Corolla fabricadas entre 11/01/2010 a 28/12/2012. Os intervalos de chassis convocados são os seguintes:
Código alfanumérico | Últimos 8 dígitos do chassi |
9BRBB42E | A5116566 – B5158584 |
9BRBB48E | A5116533 – A5126282 |
9BRBD48E | A2500004 – D2602023 |
9BRBL42E | B4700018 – D4759587 |
9BRBU42E | B4700012 – B4700017 |
9BRBU48E | B4700003 – B4700013 |
Esse recall não elimina a convocação gigante feita pela Toyota em todo o mundo relacionada aos airbags da Takata.
A fornecedora produziu por anos milhões de unidades defeituosas de insufladores.
Esses componentes, após alguns anos e em ambientes úmidos, poderiam disparar estilhaços metálicos pela cabine e ferir os ocupantes.
Nos Estados Unidos chegaram a ocorrer acidentes fatais provocados pelas peças defeituosas.
O problema provocou um dos maiores recalls da história – a estimativa é que mais de 37 milhões de carros tenham sido afetados – e levou a Takata à falência.
A empresa foi comprada pelo grupo chinês KSS em 2017.