Ram 2500 fica quase um Kwid mais cara para abrir caminho à irmã 1500
Maior picape do Brasil foi lançada no final do ano passado custando R$ 290.000. Alta do dólar fez preço disparar em mais de R$ 30.000
A picape RAM 2500 foi lançada no Brasil em dezembro do ano passado. As proporções enormes e o excesso de luxo em seu interior fizeram com que o repórter de QUATRO RODAS, Gabriel Aguiar, à época definisse o modelo como o Rolls-Royce das picapes.
Apesar de não chegar perto dos luxuosos sedãs ingleses, o preço também não era baixo: R$ 289.990. E bastaram cinco meses para a FCA (grupo que controla a RAM) realizar um aumento substancial, de R$ 32.000, e passar a comercializar a picape a R$ 321.990.
O reajuste equivale aos preços das versões de entrada dos dois atuais carros mais vendidos do Brasil, Fiat Mobi e Renault Kwid, ambos partindo de R$ 35.000.
Questionada, a fabricante atribuiu o reajuste à chegada da linha 2020 e à cotação do dólar, que disparou desde o início da pandemia do novo coronavírus a patamares próximos de R$ 6.
A Ram 2500 é equipada com motor 6.7 turbodiesel de 365 cv e 110 kgfm e tem capacidade para carregar até 1.088 kg de carga útil.
Devido ao seu grande porte (6,06 m x 2,12 m x 2,04 m) a picape é classificada como caminhão pela legislação brasileira, o que implica em algumas restrições no trânsito, como velocidade reduzida e condução pela faixa da direita, além de exigir uma CNH do tipo C para conduzi-la.
Ainda este ano a RAM lançará no Brasil o modelo 1500, menor, que poderá ser dirigido por condutores com carteira de habilitação do tipo de B, para carros de passeio.
Com o reajuste da 2500, caberá à 1500 ocupar a faixa de preços entre R$ 250.000 e R$ 300.000.
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