QUATRO RODAS venceu o prêmio de jornalismo da SAE (Sociedade dos Engenheiros Automotivos) na categoria vídeos pela segunda vez consecutiva. A premiação que já está em sua 16° edição premia reportagens que enalteçam a tecnologia da mobilidade.
Na edição 2022 QUATRO RODAS ganhou o primeiro lugar com o vídeo do Unimog, um motor-home 4×4, ou melhor, um veículo de expedição. Nesse vídeo que você pode conferir abaixo, o redator-chefe Paulo Campo Grande mostra todos os detalhes do modelo alemão que permite que você more em qualquer lugar do mundo por 20 dias.
A edição 2021 premiou o vídeo do Tesla Model 3 como o melhor de sua categoria. O conteúdo mostra as curiosidades do esportivo elétrico que não está presente no Brasil oficialmente.
Ambos os vídeos premiados foram captados pelo fotógrafo Fernando Pires. E em ambos os conteúdos o piloto de testes Leonardo Barboza participou da produção e assistência.
Como é o Unimog motor-home?
Seu projeto original do Unimog, de 1946, foi feito pela alemã Boehringer Bros., adquirida pela Daimler-Benz, que, desde o início, em 1950, lhe fornecia os motores. A unidade mostrada é um modelo U 1750 1984, que o proprietário comprou de uma empresa especializada em Unimog usados, da Austrália.
Este exemplar custou R$ 150.000, segundo o dono, enquanto um 0-km, versão U 5023 básico, não sai por menos de US$ 250.000, cerca de R$ 1.300.000. O preço de um veículo de expedição pode variar em razão do modelo em que é montado e dos equipamentos instalados.
Considerando que uma transformação básica custa cerca de R$ 450.000, um Unimog como o das fotos parte de R$ 600.000.
O motor é o Mercedes OM352A, de seis cilindros diesel turbo, com preparação que, segundo o proprietário, gera 200 cv de potência e 52 kgfm de torque. O câmbio tem 16 marchas, 8 para a frente e 8 para trás.
Reportagem sobre o Fusca elétrico também é premiada
Na categoria “Mídia impressa” a reportagem sobre o VW Fusca elétrico, de autoria do editor Henrique Rodriguez, ganhou destaque.
O Fusca FTe foi criado como parte de uma parceria entre duas fabricantes: a Fueltech faz injeções programáveis e a Weg, equipamentos elétricos. As duas são brasileiras e se uniram para criar um kit para converter carros a combustão em elétricos. Este Volkswagen Fusca serviu de laboratório para isso.
As intervenções para a conversão aproveitam ao máximo as características do projeto do Besouro. O conjunto de baterias soma 25 kWh, o suficiente para rodar 150 km entre as recargas, e está dividido: 2/3 está na frente, usando a furação que antes servia para a fixação do tanque de combustível – os cabos passam pelos caminhos da tubulação.
O outro terço de baterias se encontra alocado lá atrás, no famoso chiqueirinho. No tampão acima estão o carregador onboard (são 9h até a recarga completa) e a unidade de gerenciamento das baterias (BMS), que, entre outras funções, estabiliza a carga entre as células e gerencia sua temperatura. Ficam propositalmente à mostra como uma forma de ajudar a ilustrar os sistemas necessários para o funcionamento do carro.
O motor WEG de 67 cv e 13,2 kgfm faz este Fusca ser tão potente quanto os Fuscas 1600 com carburação dupla dos anos 1970. A montagem independe de suportes: o motor vai preso ao câmbio original de quatro marchas por quatro parafusos, por meio de um flange. A embreagem foi mantida, mas colocaram disco usado em motores AP, e a ré é comandada por uma chave eletrônica: basta inverter o sentido do motor elétrico.
Além da reportagem premiada o vídeo no nosso canal do Youtube sobre o Fusca elétrico está imperdível. Confira!