É inevitável: o Lamborghini Sián é o primeiro híbrido da marca – e o mais potente da história. Tudo bem que os italianos já acenaram para a eletrificação antes, mas só agora é para valer.
Quem visitar o Salão de Frankfurt, na Alemanha, poderá ver de perto a novidade. Serão feitas 63 unidades do modelo, em homenagem à fundação do fabricante, e todas estão vendidas.
Vale lembrar que há cinco anos no Salão de Paris, na França, a empresa já havia apresentado o conceito híbrido Asterion. Pouco depois, em 2017, foi a vez do 100% elétrico Terzo Millennio.
Para não chocar tanto os puristas, o inédito Sián recebeu um V12 aprimorado com válvulas de admissão feitas com titânio e 785 cv de potência (só que o deslocamento não foi revelado).
Já o sistema de 48V, ligado diretamente à caixa de câmbio, fornece 34 cv adicionais. Com total de 819 cv de potência, a novidade é capaz de chegar aos 350 km/h de velocidade máxima.
Em vez de baterias convencionais, o Sián recebeu um supercapacitor. E mesmo sem acumular tanta energia, o conjunto pode recarregar instantaneamente graças aos freios regenerativos.
Na aceleração de 0 a 60 km/h, o esportivo é 0,2 segundo mais rápido que o Aventador SVJ. Para ir de 70 a 120 km/h, é ainda melhor: 1,2 s. Nas provas de 0 a 100 km/h, bastam 2,8 s.
Mais impressionante que o desempenho é o resultado na balança: já somados supercapacitor e motor elétrico, o sistema só tem 34 kg, o que garante relação peso/potência de 1 cv/1 kg.
Além disso, o conjunto híbrido permite realizar algumas manobras, como estacionar e acionar marcha à ré, no modo totalmente elétrico, bem como reduzir os trancos nas trocas de marchas.
Apesar de futurista, o visual tem inspiração no passado – ao menos é o que diz a Lamborghini. Do clássico Countach veio a tampa de vidro sobre o motor e uma alusão ao periscópio no teto.
Talvez por ironia, até mesmo o nome remete à tradição: Sián significa relâmpago no dialeto de Bolonha, região italiana onde está Sant’Agata Bolognese (e também a fábrica do esportivo).