Por dentro do DNA esportivo do Sandero R.S. 2.0
O jornalista Rodrigo França conta todos os detalhes do lançamento que mexeu com o mercado dos esportivos nacionais
O segmento de hot hatches sempre mexeu com o imaginário dos garotos que acabavam de tirar carteira de habilitação com 18 anos de idade ou, no caso deste que vos escreve, até mesmo hoje aos 37. Afinal, ter um carro esportivo pode ser o sonho de 10 entre 10 motoristas, mas a dificuldade é justamente conseguir um orçamento adequado para um carro com muita potência e performance, ainda mais no começo de sua vida financeira.
Daí a expectativa de sucesso para um novo integrante deste segmento que, até alguns meses, andava meio esquecido aqui no Brasil. A chegada do novo Renault Sandero R.S. 2.0 promete revolucionar este jogo: afinal, com uma relação pesopotência que o enquadra como esportivo, o carro se torna hoje, na minha opinião, a melhor opção no mercado pelo seu preço (a partir de R$ 58.880).
Para vencer esta briga, o Sandero traz na bagagem uma experiência nas pistas de tradição internacional: trata-se do primeiro carro R.S. fabricado e vendido no Brasil, trazendo o DNA esportivo da divisão Renault Sport, que já fez história no automobilismo mundial com suas inovações e desenvolvimento em diversas categorias, seja nas de base até as principais, como Formula E e F1.
O desenvolvimento do novo Renault Sandero R.S. 2.0 teve o envolvimento direto de 75 engenheiros desta divisão esportiva da montadora francesa e consumiu mais de 120 mil horas trabalho. Por isso, o modelo traz importantes mudanças. E não apenas estéticas, mas também mecânicas, sobretudo no motor, câmbio, suspensão e freios.
O motor 2.0 aspirado entrega 150 cavalos de potência com etanol o carro é flex, como as outras linhas Sandero. Com isso, o “hot hatch” atinge a velocidade máxima de 202 km/h e vai de 0 a 100 km/h em apenas 8 segundos. Como é um carro com 1.161 quilos, o carro pode ser considerado um verdadeiro esportivo é preciso que a relação peso/potência seja inferior a 8 (o R.S. tem 7,74), algo que concorrentes diretos não possuem, sobretudo nesta faixa de preço ou mesmo para carros de até R$ 70 mil.
Além do propulsor, as principais alterações em relação ao Sandero Dynamique são as novas regulagens de suspensão, o assistente de arrancada em subida (HSA), o sistema de freios a disco nas quatro rodas, o controle eletrônico de estabilidade (ESP) com regulagem específica R.S. e o sistema de direção eletrohidráulica (EPHS), além dos três modos de condução que podem ser selecionados através do botão “R.S.drive”: Standard, Sport e Sport+ com o ESP desligado. O câmbio tem seis marchas e suas relações curtas garantem uma tocada mais esportiva.
Por fora, as principais diferenças visuais ficam por conta dos novos parachoques (dianteiros e traseiros), rodas 195/55 R16 com acabamento ‘Black Aluminium’ (opcional rodas 205/45 R17), saias laterais, do spoiler traseiro, dupla saída do escapamento, espelhos retrovisores na cor preta brilhante e inscrição R.S. abaixo do logotipo Renault na grade dianteira e também na tampa traseira.
O interior também promete agradar aqueles que buscam um carro esportivo também nos mínimos detalhes: é totalmente inspirado em um cockpit, com pedaleiras de alumínio, além de bancos e volante esportivos exclusivos. As cores e grafismos do painel de instrumentos são específicos da versão R.S., as saídas de ar ganharam detalhes na cor vermelha e os puxadores das portas são na cor Dark Metal.
O Renault Sandero R.S. 2.0 é um carro completo e vem de série, entre outros itens, com sistema de arcondicionado automático e Media NAV Evolution, a moderna central multimídia integrada ao painel com tela de 7 polegadas touchscreen, que oferece bem mais do que GPS, Bluetooth® e rádio. As rodas de 17 polegadas (único opcional) fazem com que o modelo saia por R$ 59.880.
O sistema de escape tem cano de escapamento de diâmetro 0,5 mm mais largo, um novo silencioso traseiro, além de saída dupla do escapamento, proporcionando um som envolvente e contribuindo para a performance do Renault Sandero R.S. 2.0. Quando o propulsor é acionado, o som rouco e provocador que sai do escapamento só atiça a vontade de quem está no volante colocar logo o carro em ação.
E é justamente quando pisamos fundo no acelerador que o R.S. justifica toda sua expectativa em cima daquele que tem tudo para ser seu primeiro esportivo. E, com isso, fazer a alegria daquele menino de 18 anos que, no fundo, você descobre sempre fará parte de você.