Depois de longa espera e enorme imbróglio judicial, finalmente a placa padrão Mercosul passou a ser obrigatória em todo Brasil.
A obrigatoriedade começa a vigorar a partir desta sexta-feira (31) para: veículos novos; que mudarem de categoria; que precisarem ter suas placas antigas substituídas devido a danos ou furto.
A nova PIV (Placa de Identificação Veicular) continua tendo sete dígitos, mas se difere da antiga, cinza, por adotar uma letra a mais e um número a menos, e também pela disposição dos caracteres.
Segundo o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), o novo modelo permitirá o surgimento de 450 milhões de novas combinações.
Outra novidade é que a nova placa não será mais instalada diretamente pelo Detran (Departamento Estadual de Trânsito). Os modelos passam agora a ser fabricados e vendidos por empresas credenciadas pelo órgão.
Os preços variam de estado para estado.
Em São Paulo, o par das novas placas para carros será de R$ 138, enquanto modelos para motos e avulsos saem por R$ 114. No Rio, é mais caro para carros (R$ 179,84), mas muito mais barato para motos (R$ 55,05).
O preço mais alto que encontramos foi no Pará: R$ 240 para automóveis.
Mas há um caso à parte: em Minas Gerais, o Detran local pediu mais 60 dias de adiamento porque ainda não terminou o processo de cadastro da empresa fabricante das placas.
Entenda o que mudou do projeto inicial
Inicialmente, o projeto previa que o modelo de placas do Mercosul fosse adotado em todo Brasil até dezembro de 2018.
Entretanto, depois de uma série de liminares expedidas a pedido de órgãos de trânsito, o prazo se alongou até o final de janeiro deste ano.
Outra mudança reside no layout das novas placas. A princípio, os novos modelos viriam estampados com brasões do Estado e da cidade de registro do carro.
Essa obrigação caiu após decisão de 2018 do Ministério das Cidades, que alegou haver custos muito elevados para a confecção dos modelos com os logos estampados.
A última alteração na nova placa aconteceu na última segunda-feira (27), exatamente quatro dias antes do início da obrigatoriedade.
O presidente da república, Jair Bolsonaro, decidiu eliminar a necessidade da adoção da placa por modelos que trocassem de município, o que, segundo o presidente, acarretará em uma economia anual de R$ 2 bilhões para os cofres públicos.