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Placas Mercosul clonadas são vendidas online e em semáforos, diz site

Simplificações aplicadas tornaram modelo vulnerável a fraudes. Na Bahia, há ambulantes vendendo placas falsas até em semáforos

Por Renan Bandeira
Atualizado em 12 fev 2020, 17h59 - Publicado em 25 nov 2019, 17h25
Modelo original da Placa Mercosul (Denatran/Reprodução)

Comércio ilegal de placas no comércio onlineA ideia da unificação das placas na América do Sul foi anunciada em dezembro de 2014, mas nem todos os estados brasileiros aderiram ainda ao novo padrão.

Atualmente, a placa é usada em nove Unidades Federativas: Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Piauí, Paraíba e Rio de Janeiro (primeira a adotar o novo formato, em setembro de 2018).

Na teoria, o projeto geraria mais segurança ao proprietário, com uma placa imune a fraudes como a clonagem, por exemplo. Mas a prática parece bem diferente, por enquanto.

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Diferente de quando houve o lançamento, o equipamento conta com quatro versões diferentes, frutos de mudanças na padronização depois que o novo sistema já havia sido implantado.

Isso dificulta a fiscalização. Depois da sua estreia, uma série de modificações foram feitas, retirando itens de segurança e identificação.

Placas Mercosul no início do projeto, mas já sem o lacre (Denatran/Reprodução)

As mudanças aconteciam com a alegação de que reduziria custos e burocracia. No entanto, também diminuíram a garantia de que ela fosse segura.

A primeira delas ocorreu em setembro de 2018, quando a Resolução 741 retirou o lacre que era utilizado na placa cinza e substituiu por um QR Code.

Dois meses depois, na Resolução 748, foram excluídos bandeira do estado e brasão do município de registro do veículo.

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Já na Resolução 780, de junho deste ano, a placa perdeu o efeito difrativo dos caracteres e da borda externa – que ficaram quase imperceptíveis – e também as ondas sinusoidais que ficavam na base branca.

Placa Mercosul após as modificações impostas pelas resoluções (Governo do Piauí/Reprodução)

Com isso a placa ficou mais básica e ação do crime mais fácil.

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Segundo reportagem do UOL Carros, réplicas de placas Mercosul são comercializadas em plataformas de compra online e também em semáforos. Além disso, tem aumentado o número de veículos apreendidos com placas falsas.

Outra denúncia, do jornal Extra, divulgada em setembro deste ano, afirma que quadrilhas estão roubando carros munidos de placa padrão Mercosul com intuito prioritário de cloná-las.

Também há placas sendo oferecidas em sites de compra e venda online. Em uma busca rápida no Mercado Livre, QUATRO RODAS encontrou pelo menos dois exemplos.

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As empresas que fabricam o produto, afirmam que a falta de controle adequado do processo de fabricação pelos Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans) é o causador das brechas para fraude.

Já a Associação Nacional dos Detrans (AND) passa a bola para o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), por não existir uma base de dados para consultar as placas Mercosul – que estava prevista na resolução do Contran.

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E, por fim, o Denatran acabou não respondendo os questionamentos da associação das estampadoras [de placas] e nem os do Detran sobre a base de dados, segundo a reportagem.

Atualização: por engano, inserimos na reportagem uma imagem de anúncio de placas da empresa CICLOHOUSE COMÉRCIO E SERVIÇOS no Mercado Livre. Informamos que a empresa em questão nada tem a ver com as denúncias desta reportagem. A imagem já foi retirada.

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