Taxas para rodar nos centros, sobretaxas sobre consumo, emissões e pesos, todas são medidas que os SUVs e outros modelos grandes, pesados e/ou poluidores têm que pagar em boa parte da Europa. Agora, depois da votação de uma lei, os donos de utilitários terão que gastar mais para estacionar seus modelos nas ruas de Paris.
A medida vale a partir de 1 de setembro. É esperado que outros países também passem a “pesar a mão” em relação aos SUVs, dado que a União Europeia tende a repetir as restrições de outros países ou cidades.
A França é o país que mais tem se destacado na luta contra carros pesados e poluidores. No mês de janeiro, entrou em vigor uma sobretaxa desses tipos de modelos, não impondo multas apenas para automóveis que emitem até 117 g/km de CO2. Os que passam do limite de 193 g/km de CO2 podem pagar até 60 mil euros, cerca de R$ 320 mil.
A medida parisiense é calculada de acordo com o peso do veículo, não sendo ligada a critérios de emissões, tanto que utilitários híbridos e elétricos também são atingidos. Para compensar, há uma diferenciação. Os modelos a gasolina, diesel, híbridos e híbridos plug-in entram nessa faixa de cobrança pesada, se ultrapassarem o limite dos 1.600 kg. Os elétricos puros, por sua vez, devem ter menos de duas toneladas.
Os valores variam de acordo com as horas e dependem também do arrondissement, o que seria mais ou menos como é um bairro. Quanto mais próximo do centro, mais cara será a tarifa. Do primeiro ao décimo primeiro arrondissement, o valor para uma hora é de seis euros para um automóvel normal, mas os SUVs terão que pagar 18 euros, três vezes mais.
Achou pesado? Pois fique sabendo que parar seis horas em uma vaga pública com um utilitário sai nada menos que 225 euros, contra 75 euros de um carro. Sim, o equivalente a cerca de R$ 1.200.
Já do décimo segundo ao vigésimo arrondissements, os valores também não são pequenos, mas são menores, partindo de 12 euros na primeira hora – os automóveis pagam quatro euros apenas – e chegando ao máximo de 150 euros por seis horas, nada menos que R$ 800.
A medida pode ser draconiana para muitos, mas tem exceções. Os residentes, pessoas que trabalham na área e prestadores de serviço não precisam pagar as taxas maiores, da mesma maneira que as pessoas com mobilidade reduzida.