Carros com motor turbo estão cada vez mais comuns e prometem um equilíbrio entre desempenho e consumo. Porém, na década de 60, essa tecnologia que usa os gases de escape para aumentar a admissão de ar ainda era tratada como algo extremamente moderno nos automóveis. E passava longe de ser confiável.
A tecnologia do turbocompressor foi desenvolvida na década de 1920 e ainda demorou alguns anos para ser usada em massa em carros – na aviação, era usado havia pelo menos 30 anos. Mesmo não agradando a todos, foi o ponto de virada para muitas marcas.
A Oldmobile, controlada pela General Motors, conseguiu surpreender os entusiastas com um motor assistido por um turbocompressor em um carro de rua, o cupê Oldsmobile Jetfire Rocket, de 1962.
O Jetfire Rocket foi considerado um dos mais inovadores de sua época. O pequeno V8 3.5 recebia o turbo Garret T5 e entregava até 215 cv a 4.600 rpm e 43 kgfm a 3.000 rpm. A taxa de compressão era de 10,25 para 1.
Uma boa ideia não garante uma boa execução. Seguindo essa lógica, a mecânica do veículo não entregava bons resultados, pendendo a sofrer alguns problemas de superaquecimento. Por conta disso, a Oldsmobile não viu outra alternativa a não ser retirar esse modelo do mercado, já com mais de 9.000 unidades.
Depois dele outros motores turbo vieram, porém com melhores resultados. O BMW 2002 e o Saab 99 Turbo são exemplos do continente europeu. Já no Brasil, o primeiro veículo a ter esse tipo de motor foi o Fiat Uno, em 1994.