Você sabe qual é o veículo mais vendido do Brasil na história? Se o Volkswagen Gol automaticamente lhe veio à cabeça, você está enganado.
Porque não estamos falando de carro, mas de veículo mais vendido. Portanto, esse título pertence a uma moto: a CG 125, considerada o “Fusca” das motos por sua popularidade e manutenção fácil e barata.
Com cerca de 7 milhões de unidades vendidas no mercado brasileiro (o Gol tem cerca de 6,6 milhões) em 42 anos (só perde para a VW Kombi, que foi produzida por 63 anos), a CG 125 acaba de sair de linha.
Isso significa que o Gol ainda pode ultrapassá-la, embora outras versões da linha CG, com motor de 160 cm³, continuem na ativa.
Apesar de ter feito muito sucesso durante sua existência, o modelo acabou evoluindo pouco durante os últimos anos e perdeu espaço para a versão CG 150, lançada em 2003, que virou CG 160 em 2016 – no ano passado, as vendas da 125 representaram menos de 10% da família CG.
A gota d’água que fez com que a Honda decidisse colocar um ponto final na produção é obrigatoriedade para todas as motos novas virem equipadas de série com freios ABS ou CBS (freios combinados) até o fim de 2019.
Segundo a empresa, não valeria o investimento justamente pelo fraco desempenho nas vendas. É o mesmo motivo que decretou o fim de modelos como o Fiat Mille e a VW Kombi, que saíram de linha por não atenderem a legislação que obrigava veículos zero-km a virem com airbags e ABS de série.
A moto foi extremamente importante na história da Honda, motivando, inclusive, a construção da fábrica da marca na Zona Franca de Manaus, em 1976.
A CG 125 foi ainda a primeira motocicleta no mundo com motor álcool, lançada em 1981 (atualmente roda apenas com gasolina, enquanto a 160 é flex).
Apesar do fim da produção, o modelo continua disponível nas lojas e será vendido até acabarem os estoques. A versão Fan custa R$ 7.161, enquanto a Cargo sai por R$ 7.165.