Aleluia. Alguém na Daimler se lembrou de renovar o conversível SL, feito de grande relevância não só porque o modelo estava há muito tempo sem mudanças, mas também porque as fábricas ultimamente só têm olhos para os SUVs.
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O novo Mercedes SL, que será lançado no final do ano na Europa, quer recuperar o brilho de suas primeiras gerações na tentativa de se tornar o que conseguiu ser no início dos anos 50: nobre, luxuoso e desejável.
As fotos mostradas aqui, fornecidas pela fábrica, mostram o carro em testes de campo, em situações de uso severo, no que diz respeito às temperaturas, muito altas e muito baixas.
O projeto, desenvolvido pela primeira vez pela AMG, atrasou um pouco tendo em conta que a ideia inicial era a revelação mundial ter sido feita ainda em 2020.
Mas entre pandemia e alguma limitação de centro de desenvolvimento de Affalterbach, na Alemanha, não permitiram que o conversível de dois lugares cumprisse a previsão original.
A expectativa do mercado é grande, principalmente porque o antecessor lançado em 2012 deixou a desejar pela escassez de inovações tecnológicas, o que nunca faltou às diferentes gerações do conversível.
Para os puristas, o declínio do SL começou antes, porém, Mais precisamente em 2002, quando o Mercedes estreou o teto rígido retrátil, uma nova tendência do final dos anos 90 e início dos anos 2000, que procurava juntar os méritos de um cupê e de um cabrio num único automóvel.
O teto rígido retrátil agora é coisa do passado, porque o novo SL regressa à clássica capota em tecido, mas acionada eletricamente, ao mesmo tempo que recupera outros valores que o tornaram uma lenda, com sua carroçaria leve (no peso) e elegante (no design).
Em relação aos motores, a fábrica ainda esconde os detalhes do carro mas tudo indica que todos os novos SL terão o sistema elétrico de 48 volts do novo Classe S em unidades de seis e de oito cilindros sempre associadas à transmissão automática de nove velocidades.
Dessa forma, os puristas sentirão saudades, mas, a fábrica decreta a aposentadoria definitiva do grande V12 das versões SL 600 e SL 65 AMG.
Em compensação poderemos ter legítimas aspirações a conhecer um SL 4×4, seguramente numa versão AMG.
E, se os executivos do marketing entenderem que isso não prejudicará a imagem superlativa do SL, talvez até versões com preocupações “terrenas” como uma motorização híbrida plug-in ou mesmo um 2 litros turbo de quatro cilindros no acesso à gama SL.
No final dos anos 50 do século passado (em 1954 como cupê e em 1957 como roadster e sempre com as portas asa de gaivota), o 300 SL granjeou enorme fama pelo seu design arrebatador e passou a ser visto como sinônimo de sucesso muitas vezes guiado por celebridades.
A essa geração original (W198) seguiu-se o mais feminino W121 que esteve em produção até 1963, quando foi rendido pelo W113, desenhado por Paul Bracq, um cupê roadster com um hardtop que se podia remover e que ficou conhecido como “pagode top” pela linha côncava do teto.
Em 1971 sucedeu-lhe o R107, outro ícone de design automóvel, que esteve em produção até 1989, sendo um dos poucos automóveis da história que já tinha adquirido um certo estatuto de clássico mesmo quando ainda era fabricado em série.
O R129, de 1989, foi o primeiro conversível com um sistema automático de acionamento das proteções de cabeça dos ocupantes em caso de capotamento e esteve em produção até 2001, quando foi substituído pela quinta geração SL, o R230.
Este último foi atualizado somente em 2011 (linha 2012). Ou seja: esta geração durou nada menos do que duas décadas.
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