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Novo Mercedes-AMG GLC usa tecnologias da F1 para trocar motor V8 por 2.0

Versão esportiva do SUV usa turbo elétrico e conjunto de baterias com recarga rápida vindos da F1 para substituir motor V8

Por João Vitor Ferreira
Atualizado em 18 jul 2023, 17h24 - Publicado em 18 jul 2023, 17h23
Mercedes-AMG GLC 63
Mercedes-AMG GLC 63 (Divulgação/Mercedes-Benz)
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A Mercedes apresentou a nova geração do AMG GLC, SUV do Classe C, que ficou mais tecnológico, rápido e ecológico. Isso porque a montadora abriu mão de vez dos motores V6 e V8 da geração passada e resolveu usar tecnologia do seu carro de Fórmula 1 para resolver o problema.

Sob o capô os GLC preparados pela AMG trazem sempre o motor 2.0 turbo de quatro cilindros, que também equipa o hot hatch A45 S. Sozinho, ele é capaz de gerar até 421 cv 51 kgfm, mas é claro que ele terá auxílio elétrico, como está virando costume na Mercedes.

No AMG GLC 43, o sistema híbrido leve de 48 volts ajuda com 13 cv e 15,29 kgfm durante fortes acelerações, além de reiniciar o motor mais rapidamente no anda e para das cidades e economizar gasolina desligando o motor durante a condução de cruzeiro.

Mercedes-AMG GLC 43
Mercedes-AMG GLC 43 (Divulgação/Mercedes-Benz)

Nessa configuração, o GLC fica um pouco mais rápido que o seu antecessor equipado com motor seis cilindros. O tempo de  0 a 100 km/h cai 0,1 s, sendo de 4,8 s e a velocidade máxima é limitada eletronicamente a 250 km/h.

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Acima dele, o GLC 63 S E Performance traz o mesmo motor quatro cilindros, mas tem um sistema elétrico híbrido plug-in. O SUV ganha um motor elétrico adicional de 201 cv no eixo traseiro, turbo maior e bateria de 6,1 kWh para chegar aos 671 cv e 104 kgfm. Nos dois casos a transmissão é sempre integral e a força é levada às rodas por uma transmissão multi embreagem de nove marchas.

Mercedes-AMG GLC 63
Mercedes-AMG GLC 63 (Divulgação/Mercedes-Benz)

Mas não espere uma boa autonomia elétrica da versão topo de linha, afinal estamos falando de um carro esportivo e o impulso elétrico nesse caso é pensado no desempenho e não na eficiência. Tanto que a bateria é pequena (garante autonomia elétrica de 12 km, segundo a Mercedes) pois uma maior seria mais pesada.

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Inclusive, esse novo sistema usado no modelo GLC 63 traz tecnologia da F1, que permite que a bateria descarregue e carregue sozinha de maneira mais rápida para sempre oferecer o máximo de potência quando necessário. Ela também ganha novo sistema de refrigeração individual para cada uma das 56 células, permitindo que o sistema sempre opere na temperatura ideal.

Mercedes-AMG GLC 63
Mercedes-AMG GLC 63 (Divulgação/Mercedes-Benz)

Por falar em F1, um dos trunfos do AMG GLC — tanto na versão básica, como na topo de linha —  é o turbocompressor elétrico derivado dos carros de corrida. Diferente do turbo convencional, esse é acionado por meio de um motor elétrico, que mantém a turbina girando mesmo quando a pressão dos gases de escape não está alta o suficiente, diminuindo o turbo lag e melhorando a resposta na aceleração.

Mercedes-AMG GLC 43
Mercedes-AMG GLC 43 (Divulgação/Mercedes-Benz)
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Com todas essas melhorias, a Mercedes declara um tempo de 0 a 100 km/h de apenas 3,5 s para o GLC 63 e uma velocidade máxima de até 273 km/h. Para aguentar tanta velocidade, os freios são de quatro pistões com discos de 370 mm na dianteira e pistão único e 360 mm na traseira. Há também suspensão adaptativa de molas de aço, cinco modos de direção, direção hidráulica sensível à velocidade e esterçamento de até 2,5 graus nas rodas traseiras.

Mercedes-AMG GLC 63
Mercedes-AMG GLC 63 (Divulgação/Mercedes-Benz)

Se mecanicamente o Mercedes-AMG GLC traz novidades empolgantes, no visual as coisas quase não mudaram. A dianteira é praticamente a mesma, com uma pequena mudança nos faróis de LED, que agora estão mais finos e a assinatura não contorna todo o conjunto, ficando apenas na parte superior.

Mercedes-AMG GLC 63
Mercedes-AMG GLC 63 (Divulgação/Mercedes-Benz)
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Na traseira, as luzes tiveram a mesma alteração e agora são mais afilados e avançam mais em direção ao centro do porta-malas. O difusor no para-choque se manteve, assim como as quatro saídas de escape em forma de trapézio, que receberam novo sistema que ajuda a melhorar o som do veículo. 

Mercedes-AMG GLC 63
(Divulgação/Mercedes-Benz)

Por dentro, o SUV recebe bancos esportivos em couro Nappa ou material sintético com microfibra. O volante pode ser do tipo AMG Performance que também recebe o revestimento em couro, além de shift paddles de alumínio. O conjunto de telas é conhecido, como já vimos no CLE, por exemplo. Ele traz dois displays digitais, sendo de 12,3’’ para o quadro de instrumentos e de 11,9’’ para a central multimídia, mas com layout específico da AMG, que reúne informações mais úteis para serem usadas na pista.

Mercedes-AMG GLC 63

A Mercedes ainda não divulgou preços ou datas de lançamento. O que se especula é que os dois modelos estarão disponíveis mais próximo do final do ano, com valor de US$ 65.000 para o mais básico e US$ 90.000 para o GLC 63. Após a dupla, a montadora ainda prepara a estreia da versão cupê atualizada.

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