Historicamente, as reestilizações de meia vida do Honda Fit – feita quando uma geração completa quatro anos de mercado – passam longe de ser revolucionárias. Isso não muda com o Honda Fit 2018, que provoca um exercício de memória de quem quer notar as mudanças no design.
Melhor explicar. Os faróis têm o mesmo formato, mas a disposição interna das luzes muda e a versão topo de linha EXL têm leds diurnos integrados à peça – as demais tem leds ao menos como acessório, mas embaixo, ao lado dos faróis de neblina.
A grade também mudou. Tem aberturas maiores e moldura cromada na base. O para-choque agora tem nicho maior para os neblinas e com linhas mais dinâmicas.
Atrás, as lanternas com leds inclusive no prolongamento na tampa chamam atenção. Mas a novidade mais importante é o para-choque – motivo de reclamações há tempos. 8 cm mais saliente (no total, o carro ficou 9,8 cm mais longo), a nova peça tem design mais esportivo e promete proteger a tampa de amassados em pequenas colisões. E sabemos que isso é comum a todas as gerações passadas do Fit. Em outras palavras, o para-choque fará jus ao próprio nome.
Por dentro, apenas clientes que optarem pelas versões mais caras perceberão novidades. O ar-condicionado digital, que estava disponível até 2014, retornou (a partir da versão EX) e agora tem comandos sensíveis ao toque – como no sedã City.
Central multimídia com GPS e compatibilidade com Android Auto e Apple Carplay também é novidade, mas apenas para a versão topo de linha EXL.
Para as outras versões, a novidade no interior se limita a um pequeno botão do lado esquerdo do volante: por ele pode-se desligar o controle de tração, que estreia no Fit como equipamento de série para todas as versões junto com controle de estabilidade, assistente de partida em rampa e sinalização de frenagem de emergência.
Há uma alteração técnica: a direção elétrica ganhou motor sem escovas (brushless), que melhora as respostas e a sensibilidade. É o mesmo motor elétrico usado no WR-V.
Mas não há alteração na mecânica. O motor 1.5 16V i-VTEC flex, de 116/115 cv e 15,3 mkgf de torque é a única opção. Desta vez o câmbio manual de cinco marchas estará restrito à versão de entrada DX, enquanto as demais terão câmbio CVT com borboletas para trocas sequenciais a partir da versão EX.
Para pagar a conta dos novos equipamentos, os preços subiram. A versão de entrada DX com câmbio manual passou de R$ 57.800 para R$ 58.700. O LX com câmbio CVT, que custava R$ 67.600, teve o maior aumento: foi para R$ 70.100. O EX subiu de R$ 73.800 para R$ 75.600, e o top de linha EXL pulou de R$ 78.900 para R$ 80.900.
Equipamentos das versões:
Honda Fit DX – R$ 58.700
Ar-condicionado manual, direção elétrica, trio elétrico, lanternas com led, controle de estabilidade, assistente de partida em rampa, rádio com bluetooth e dois alto-falantes.
Honda Fit LX – R$ 70.100
Tudo do DX mais câmbio CVT, sistema ULTRa Seat no banco traseiro, faróis de neblina, rodas de liga leve aro 15, comandos de som no volante, quatro alto falantes, alarme e travas elétricas e iluminação interna do porta-malas.
Honda Fit EX – R$ 75.600
Tudo do LX mais câmbio CVT com trocas no volante, airbags laterais, ar-condicionado digital, DRL inferior, câmera de ré e rodas de liga leve aro 16, borboletas para trocas sequenciais, apoio de braço central, função “um toque” nos vidros elétricos dianteiros e rodas de liga aro 16″.
Honda Fit EXL – R$ 80.900
Tudo do EX mais airbags de cortina, bancos de couro, multimídia com GPS, faróis de led com DRL, rebatimento elétrico dos retrovisores externos, comandos para ligações no volante, tweeters frontais, bancos revestidos de couro e central multimídia com tela de 7″, GPS e integração com Android Auto e Apple Carplay.
Honda Fit Personal – R$ 68.700
Novidade na gama de versões, o Fit Personal será destinado para o público PcD. Têm câmbio CVT, piloto automático, repetidores de seta nos retrovisores, bancos traseiros bipartidos e rodas de aço aro 15″ com calotas, quatro alto falantes, comandos de áudio no volante e até câmera de ré. Mas não tem rádio nem rodas de liga leve, itens que deverão ser comprados nas concessionárias como acessórios. Fazer isso foi a saída para que o modelo não passasse dos R$ 70 mil, teto para descontos de impostos em vendas para PcD. O valor dos acessórios de concessionárias não entram no cálculo para isenção de impostos.