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Novo Aston Martin Vantage tem 665 cv e modo ‘fake’ para pilotos meia-boca

Com uso de tecnologias espaciais e V8 recalibrado para 665 cv, novo Aston Martin Vantage revela ainda mais da nova geração de superesportivos da inglesa

Por Eduardo Passos
15 fev 2024, 20h10

O Aston Martin Vantage é, há muito tempo, a opção mais barata para quem deseja entrar no mundo luxuoso da fabricante britânica. E o sarrafo subiu ainda mais, já que o esportivo chega à sua nova geração com ainda mais exageros no luxo e performance, deixando claro que esse é um “outro patamar”. 

Sem abrir mão do motor V8 4.0 biturbo, o Vantage também recusa solenemente qualquer eletrificação — questão simbólica. Mesmo assim, os engenheiros conseguiram incrementar potência e torque para 665 cv e 81,6 kgfm, um aumento de 155 cv e 11,7 kgfm frente à geração anterior, de 2020.

Motor V8 4.0 foi incrementado para para 665 cv e 81,6 kgfm (sem eletrificação)
Motor V8 4.0 foi incrementado para para 665 cv e 81,6 kgfm (sem eletrificação) (Divulgação/Aston Martin)

Para tanto, há novo perfil do comando de válvulas, taxas de compressão otimizadas, turbocompressores maiores e arrefecimento reforçado. A velocidade máxima é de 325 km/h e o biposto vai de 0 a 100 km/h em cerca de 3,6 s e cabe ao motorista escolher o quão natural é sua exibição de truques.

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Ajuda escondida

Para arrancar com tudo, é útil usar o novo Launch Control do Vantage: o controle de largada harmoniza diferencial de bloqueio eletrônico, controle de estabilidade e tração, e entrega de torque do motor. Tudo para que as rodas girem na velocidade ideal.

Pelo console, condutor escolhe se quer domar o Vantage na 'unha', usar ajuda eletrônica ou só pedir uma ajudinha do computador
Pelo console, condutor escolhe se quer domar o Vantage na ‘unha’, usar ajuda eletrônica ou só pedir uma ajudinha do computador (Divulgação/Aston Martin)

É possível, entretanto, atenuar o controle, de modo que um seletor no painel permita escolher o quanto de pneu será cantado — uma forma esperta de aparentar uma arrancada raiz, sem ajuda dos sistemas. Mas quem se garante mesmo pode, claro, desligar todas as assistências.

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Design com propósito

O apetite maior da nova geração pediu mudanças no design, que também trouxe elementos clássicos adaptados às novas modas. Do lado funcional, um exemplo é a grade frontal que mantém a forma clássica, mas está 38% maior. Por dentro, radiadores e dutos foram redesenhados de modo que a admissão de ar cresceu em 1/3.

Necessidade de vento fresco motivou o aumento das entradas de ar
Necessidade de vento fresco motivou o aumento das entradas de ar (Divulgação/Aston Martin)

A necessidade de resfriar os freios fez bem ao para-choque, que perdeu a simplicidade meio Tesla e ganhou passagens aerodinâmicas até a caixa de rodas. Na outra ponta, os apêndices serviram para realçar a típica fenda sob a coluna A da marca inglesa.

Geração anterior do Aston Martin Vantage
Geração anterior do Aston Martin Vantage (Divulgação/Aston Martin)

O CEO Amedeo Felisa reconhece que os superesportivos estão entrando em nova era, e a pose de SUV parece cada vez mais popular na “base” do alto luxo. Dessa forma, o Vantage ficou mais musculoso, com seu habitáculo aparentando maior volume e as rodas de aro 21 mais salientes na lateral.

Aston Martin Vantage
(Divulgação/Aston Martin)

A carroceria de alumínio teve desenho alterado para ganhar rigidez torcional e a distribuição de peso foi calculada para ficar perfeitamente distribuída entre e traseira. 

Distribuição de peso é meticulosamente distribuída entre frente e traseira
Distribuição de peso é meticulosamente distribuída entre frente e traseira (Divulgação/Aston Martin)

Tecnologia do espaço

Para quem precisa de ajuda, o novo Aston Martin Vantage tem um complexo sistema de auxílio à pilotagem. Seu cérebro é a unidade de medida inercial, um ‘globo’ giratório que utiliza as leis de Newton para calcular posições com alta eficácia. Nesse carro, há precisão de nível equivalente ao usado em drones e aeronaves, inclusive.

Exemplo de sistema inercial usado por espaçonave moderna
Exemplo de sistema inercial usado por espaçonave moderna (Victor Anyakin/Wikimedia)

Junto ao chamado 6D-IMU, atuam os mesmos sistemas do controle de largada, a frenagem diferencial e os amortecedores adaptativos com sensores 5x mais rápidos. Esse conjunto de dados é comparado, em tempo real, ao que o algoritmo do esportivo julga ser o comportamento ideal. 

Freios de carbono-cerâmica, opcionais, economizam 27 kg e funcionam bem até a 800º C
Freios de carbono-cerâmica, opcionais, economizam 27 kg e funcionam bem até a 800º C (Divulgação/Aston Martin)

A correção, então, é aplicada conforme a escolha do piloto e o ambiente em si. É possível até pedir ajuda em aspectos específicos do carro, pensando em situações tão específicas quanto o aquecimento de pneus pré-corrida.

Faróis têm matrizes de leds
Faróis têm matrizes de leds (Divulgação/Aston Martin)

Interior luxuoso

Por cerca US$ 200.000, os ingleses que se virassem para unir conforto e performance, mas conseguiram. Assim, grande parte dos controles são físicos, distribuídos entre o console central e o volante.

Aston Martin Vantage
(Divulgação/Aston Martin)

A tela de 10,25” de Amoleds se põe mais discreta, mas exibe funções como uma espécie de Apple Carplay/Android Auto próprios da Aston Martin. É opcional o sistema Hi-Fi da Bowers & Wilkins, com 15 alto-falantes, 1.170 W e acerto sob medida para a cabine.  Os bancos têm formato esportivo por razões óbvias, mas são revestidos pelo couro da tecelagem escocesa Bridge of Weir, famoso pela qualidade.

Aston Martin Vantage: nas lojas em alguns meses
(Divulgação/Aston Martin)

O novo Aston Martin Vantage começa a ser fabricado agora, com as vendas previstas para começarem no segundo semestre de 2024. Não há preço oficial, mas, como dito, é provável que uma unidade passe dos US$ 200.000, ainda mais levando-se em conta os vários opcionais.

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