Um dos 12 sedãs vendidos pela Volkswagen na China, o Lamando teve a sua segunda geração vazada pelos órgãos de certificação chineses. Porém, a aparência do modelo pode não agradar a todos pela ousadia e semelhança com um personagem macabro de um mangá (também presente em anime e filme).
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Antes de mais nada, é bom explicar o posicionamento do sedã no mercado chinês. Por lá, ele figura como uma alternativa mais “descolada” ao Jetta, assim como o CC estava para o Passat. Na segunda geração, ele quer reforçar ainda mais que é uma “segunda via” com as linhas diferentes de todos os outros sedãs da marca.
A dianteira do novo Lamando é, certamente, seu ângulo mais polêmico. Apesar de mirar nos modelos elétricos da linha ID, o sedã acerta no divertido e estranho Ryuk, personagem do anime e mangá Death Note, que ganhou um filme em 2017.
Os faróis grandes e espichados e, principalmente, a grade inferior que remete a um sorriso maléfico, deixam o visual do sedã agressivo – mas, novamente, nos fazem lembrar de Ryuk. O capô é representado por uma peça enorme, que invade as laterais e causa um corte nos para-lamas à lá Range Rover Evoque, contornando o vinco dos arcos de roda.
De lado, o Lamando tem linhas clássicas de um Volkswagen, com poucos e bem marcados vincos, além de uma janela espia na traseira com linha ascendente. A caída do teto na traseira tem ares de cupê.
Quando visto de traseira, o modelo desperta mais uma memória – mas desta vez, boa. As lanternas unidas por uma faixa escura e com iluminação em filetes remete ao Peugeot 508. Porém, justiça seja feita: a inspiração também vem da linha ID, especialmente dos SUVs ID.6 e ID.4. As saídas de escape ficam escondidas.
O sedã atual é feito sobre a plataforma modular MQB, mas é aguardado que a nova geração passe a ser construída com uma evolução da base, a mesma do Golf de oitava geração.
Debaixo do capô poderá estar o conhecido motor 1.4 TSI (turbo com injeção direta) de 150 cv e o câmbio DSG de 7 marchas. A inscrição “280 TSI” na traseira, porém, indica um motor com torque maior em relação ao 1.4 TSI conhecido pelos brasileiros.
Com lançamento programado para acontecer ainda em 2021, não há previsão para que o Lamando seja exportado para os mercados europeu ou americano, repetindo a política da primeira geração, vendida na China e em poucos outros países, como as Filipinas.