O processo de fusão entre os grupos FCA (de Fiat, Jeep e RAM) e PSA (de Peugeot, Citroën e Opel) está avançando. Já está definido, por exemplo, que elas darão origem a um novo grupo chamado Stellantis.
O objetivo das duas empresas é unificar seus esforços e poupar custos de desenvolvimento. E isso já começou a ficar evidente: a FCA avisou alguns parceiros para encerrar projetos de desenvolvimento que incluam sua plataforma do segmento B, de compactos. Querem evitar gastos desnecessários.
De acordo com o site checo Auto.cz, esse contato foi feito especificamente com empresas que trabalham para a fábrica da Fiat em Tychy, na Polônia, responsável pela fabricação dos Fiat 500 e Lancia Ypsilon, o que sinaliza uma mudança de plataforma na próxima geração dos dois compactos.
Essa mudança de plataforma é tudo que a FCA quer. Seria para que o projeto passasse a ser baseado na plataforma CMP, da PSA. O interesse da FCA nela é conhecido desde o início do processo de fusão e as empresas já se falam sobre projetos em conjunto no segmento de compactos.
A plataforma CMP é modular e dedicada a carros compactos, e fará sua estreia no Brasil em setembro com a nova geração do Peugeot 208.
O compacto da Peugeot ajuda a ilustrar um dos grandes méritos dessa arquitetura. O novo 208 chegará em versões com motor 1.6 flex e elétrico e essa mudança no conjunto mecânico não obriga mudanças na plataforma: ela já nasceu pensada para também ser elétrica.
Essa versatilidade cairia como uma luva para a Fiat, que já apresentou a nova geração do 500 elétrico (que, inclusive, está confirmado para o Brasil), mas não a versão a combustão, que deve seguir sem mudanças – assim como o Ypsilon.
Usar a plataforma CMP baratearia os custos e também poderia possibilitar o lançamento do desejado sucessor para o Fiat Punto.
Contudo, enquanto a fusão não é concluída, a FCA precisaria licenciar a plataforma CMP para iniciar o desenvolvimento de seus carros, o que seria fundamental para não atrasar o cronograma de lançamentos.
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