Nova célula de energia permite ganhar 160 km de alcance em cinco minutos
Sistema de gerenciamento individual de temperatura torna recargas ultra rápidas mais seguras
A temperatura das baterias dos veículos elétricos não é algo fácil de administrar. Para lidar com esse problema, as células são envolvidas por um gerenciador térmico, somente assim elas são capazes de lidar com extremos de calor e frio.
Além disso, os novos tipos de recarga ultrarrápida também representam um desafio, pois podem gerar temperaturas muito mais elevadas durante o processo. É esse tipo de empecilho que a StoreDot quer superar. A empresa se dedica à tecnologias que permitem o carregamento cada vez mais rápido das células. Uma delas é o I-BEAM XFC, um conceito em que cada célula individual de íon-lítio tem o seu próprio controle de temperatura.
Assim, o pack não esquentará mais em uma determinada parte durante o carregamento. Na prática, vai evitar gerar pontos de calor que seriam difíceis de gerenciar sem perder a capacidade de recarga ultra rápida, chamada no mercado de XFC (Extreme Fast Charging), ou recarga rápida extrema.
Sua tecnologia de células permite carregar o suficiente para 160 km de alcance em apenas cinco minutos, sem superaquecimento ou perda de eficiência energética da bateria em pouco tempo, duas coisas que costumam ser problemas nas recargas ultra rápidas. De acordo com a fornecedora, o tempo será reduzido para três minutos em poucos anos.
Recargas ultra rápidas representam um desafio para a durabilidade das baterias, podendo diminuir o tempo de vida útil delas ao longo dos inúmeros ciclos de recarga. As células da empresa duram mais de 1.200 ciclos de carregamento. Isso sem degradação, de acordo com a companhia.
No caso da tecnologia da StoreDot, as células vão enfileiradas diretamente sobre o chassi do carro. Envoltas apenas por um pack, elas ficam mais protegidas de vibrações, impactos e expansão causada por temperaturas elevadas. A própria plataforma serve um pouco para dissipar o calor gerado pelo conjunto.
Os planos são ousados e envolvem uma redução progressiva, chegando a apenas dois minutos em 2032. Parece ser o suficiente para concorrer com baterias de estado sólido e outras tecnologias igualmente promissoras.