Os europeus, enfim, puderam conhecer de perto o brasileiríssimo Volkswagen Nivus. Ou quase isso, já que, por lá, o nosso “SUV-cupê” chega batizado de Taigo e passou por algumas modificações estéticas e mecânicas para ser vendido por lá.
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Nesta semana, jornalistas de toda a Europa tiveram contato com o modelo, que já está à venda por lá. Por isso, buscamos saber o que os nossos colegas do Velho Continente andaram falando do Taigo, o primeiro modelo desenvolvido de forma totalmente digital pela Volkswagen do Brasil e, consequentemente, lançado primeiro por aqui, em 2020.
Característica marcante do Nivus (ou Taigo), o desenho foi unânime entre as publicações gringas. Todas elas destacam o foco do modelo em uma aparência diferenciada e mais esportiva, e relembram o BMW X6 como precursor dos SUVs cupês.
Os franceses do Journal Auto disseram que o VW Taigo “aposta no dinamismo e no estilo”, enquanto o Blog Automobile, também da França, diz que ele tem “a elegância de um cupê e a robustez de um SUV”.
Na Espanha, onde o Taigo é produzido, o Diariomotor diz que o modelo “estreia uma nova carroceria que se destaca pela utilização de um design mais estilizado, mais diferenciado e ainda mais esportivo”, e completa dizendo que ele “tornou-se o crossover mais interessante da gama Volkswagen”.
Também em todos os casos, as reportagens elogiam a união entre o estilo e o bom espaço interno, incluindo a boa capacidade do porta-malas. Os russos do Auto.cz disseram que consideram “o espaço na cabine absolutamente suficiente, especialmente para pequenos SUVs que desejam caçar clientes pelo estilo”. O Blog Automobile também classificou o espaço interno como “muito satisfatório”.
Por fim, o nível de tecnologia, que é destaque no Nivus, também foi bastante citado pelas matérias gringas. Vale dizer que o Taigo é ainda mais tecnológico do que o modelo produzido por aqui e recebe até faróis de leds matriciais.
Novamente os franceses do Blog Automobile aparecem dizendo com convicção que “o Taigo se posiciona como uma verdadeira referência no segmento em termos de equipamentos”, além de apontar que alguns itens presentes no SUV-cupê “normalmente” são de segmentos superiores.
E a eletrificação?
Elogios à dirigibilidade e boa dinâmica do Taigo também são unânimes, apesar de algumas reclamações de solavancos da suspensão em determinadas situações. Tanto o Blog Automobile, quanto os espanhóis da Revista Car, apontaram para solavancos acentuados em imperfeições de asfalto, buracos ou bueiros.
O ponto mais criticado, porém, é a falta da eletrificação, já que o modelo chega à Europa com dois motores 1.0 TSI (de 95 e 110 cv) e um 1.5 TSI, de 150 cv, sem opções híbridas ou elétricas. Para o ViBilagare, da Suécia, não ter a presença de motores elétricos é “incomum nos dias de hoje”.
O Diariomotor também aponta que a estratégia é “bastante impressionante”, já que muitos dos rivais do Taigo na Europa já oferecem opções elétricas, híbridas ou ao menos híbridas-leve. Por fim, a Revista Car diz que “não há necessidade” de optar pelo motor 1.5 pela eficiência das motorizações menores.