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Montadoras querem adiar regras mais duras de emissões e segurança

Associação dos fabricantes pedirá adiamento das obrigatoriedades previstas para os próximos anos, devido ao rombo gerado pelo coronavírus

Por Leonardo Felix
Atualizado em 24 jun 2020, 10h54 - Publicado em 23 jun 2020, 18h07
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  • Fumaça do escapamento de caminhão
    (Reprodução/Youtube)

    A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes Automotores) vai pedir ao governo federal um adiamento de novas normas de segurança e eficiência energética que estão em iminência de entrar em vigor no Brasil.

    A informação é do parceiro Autos Segredos, obtida junto ao presidente do órgão, Luiz Carlos Moraes, durante entrevista coletiva concedida a jornalistas nesta terça-feira (23).

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    Uma das iniciativas terá a ver com normas de segurança ainda não especificadas pela Anfavea.

    O próximo item a ser tornado obrigatório será o controle eletrônico de estabilidade e tração (ESC), em todos os automóveis e comerciais leves vendidos no país a partir de 2022.

    Vale observar que tal regra já vige de maneira parcial, visto que desde janeiro deste ano novos projetos enquadrados na legislação já precisam contar com o equipamento.

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    Chevrolet S10
    O cada vez mais conhecido botão para ativar ou desativar o controle de tração, vinculado ao ESP (Marco de Bari)

    A outra é o Proconve 8, oitava fase do programa de melhoria de eficiência energética e controle das emissões de gases poluentes em veículos pesados de passageiro ou carga.

    Esta segunda entraria em vigor em 2022 para novos projetos e em 2023 para qualquer novo veículo pesado, incluindo de passageiros com capacidade para mais de oito pessoas (ônibus) e de transporte de carga (caminhões).

    Segundo Anfavea, o pedido será feito por conta do rombo financeiro sofrido pelo setor devido à crise do coronavírus, que levou as vendas de carros a caírem até 90% nos últimos três meses.

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    Por conta da pandemia, a entidade prevê uma queda de 40% nos emplacamentos ao fim deste ano em relação a 2019, e já há executivos calculando um prejuízo na casa de R$ 40 bilhões.

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    Exemplo mostra ação do controle de estabilidade quando o veículo está em velocidade superior ao desejado para efetuar o traçado correto da curva (Bosch/Divulgação)

    Segundo o Autos Segredos, Luiz Carlos Moraes afirmou na entrevista que a Anfavea “não é contra os marcos regulatórios”, mas o momento atual “exige que se estude alternativas para a sobrevivência da indústria automotiva”.

    Além disso, na visão do executivo, consumidores terão o poder de compra comprometido por causa da crise, e não talvez não tenham condições de arcar com os custos de aquisição de veículos mais caros.

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    QUATRO RODAS também entende que a paralisação pelo coronavírus teria atrasado todo o cronograma de desenvolvimento e testes dos fabricantes, outro argumento que será usado para o pedido de adiamento.

    O presidente da associação não apontou, porém, quais devem ser os novos prazos propostos para os dois marcos.

    Nova Fiat Strada Volcano 1.3 manual
    Nova Strada é exemplo de projeto que já precisa ter ESP de série (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    No caso específico do Proconve 8, este se equipara às normas do Euro 6, que já está sendo substituída pelo ciclo Euro 7 no Velho Continente.

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    Ela estabelece critérios mais rígidos de controle de emissões de poluentes gerados na queima do diesel, como materiais particulados, óxido de nitrogênio, monóxido de carbono e hidrocarbonetos.

    Entre as novidades da nova fase do programa estão: medições realizadas em situações diversas de tráfego real; níveis máximos de emissão de ruídos; que o motor siga apresentando níveis similares de emissão por longo período de uso, variando de 160.000 ou cinco anos a 700.000 km ou sete anos de acordo com o peso bruto total do veículo; que 0,3% da produção ou ao menos três motores de cada família sejam testados semestralmente.

    Esta seria apenas a primeira etapa do Proconve 8, que possui outros dois degraus de endurecimento dos parâmetros previstos para os ciclos de 2027/28 e 2032/33 (novos projetos/todos os veículos). Estes, certamente, teriam de ser também adiados caso a primeira etapa mude de data.

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