O Mercedes-Benz EQA é exatamente isso que parece: um Mercedes GLA elétrico. Na prática, será o elétrico mais barato da fabricante alemã – ainda que isso signifique custar a partir de 47.540 euros (quase R$ 310.000 ao câmbio atual) na Alemanha.
Clique aqui e assine Quatro Rodas por apenas R$ 7,90
O Mercedes EQA é o primeiro carro elétrico da família de compactos da marca e faz sua estreia na versão EQA 250, com motor elétrico dianteiro de 190 cv e 38,2 kgfm, que o permite chegar aos 100 km/h em 8,9 s.
As baterias de íons de lítio têm capacidade de 66,5 kWh e estão acomodadas sob o carro em um conjunto de dois andares com função estrutural. A autonomia declarada pela Mercedes é de 426 km por carga em ciclo WLTP, mais próximo da realidade.
Não à toa, a Mercedes antecipa que futuramente o GLA terá versões com dois motores (um extra instalado na traseira, garantindo tração integral) com mais de 272 cv e outra com mais de 500 km de autonomia no ciclo WLTP.
Um GLA com identidade própria
O visual do EQS segue o estilo do Mercedes EQC (vendido no Brasil a R$ 629.900), com os faróis bem unidos à grade preta. Uma faixa de fibra óptica interliga as luzes diurnas dos faróis full-led exclusivos. A impressão é que todos os elementos da dianteira estão voltados para cima, enquanto no GLA a parte mais larga da grade está voltada para baixo.
A base do para-choque do SUV elétrico também é exclusiva. Apenas as peças de estamparia da dianteira não mudam.
Na traseira, a história é outra. Curiosamente, a seção externa das lanternas são as mesmas do GLA, mas no EQA há uma barra iluminada na tampa traseira unindo as peças visualmente. E a tampa é completamente diferente, porque a estrela de três pontas ocupa o local que era da placa, que por sua vez foi deslocada para o para-choque. O que antes era feito em uma reestilização, agora serve para distinguir a versão elétrica.
Nas dimensões, o que muda é que o EQC é 5 cm mais comprido (totalizando 4,46 m) e 1 cm mais alto (chegando aos 1,62 m) que o GLA. A largura está mantida nos 1,83 m e o entre-eixos é de 2,72 m.
Quando as semelhanças por fora são grandes, a tendência é que o interior seja igual. Bem, no caso do Mercedes EQA a diferença mais notável para o GLA é que o painel é cinza e não preto.
Dependendo da versão e do pacote de equipamentos, elementos como as saídas de ar-condicionado podem ser retroiluminados e receber detalhes em rosé gold. Quadro de instrumentos e central multimídia continuam representados por duas telas de 10,25 polegadas unidas na mesma moldura e a diferença neles está nas funções adequadas a um carro elétrico.
A principal delas está em mostrar se o destino apontado no navegador pode ser alcançado sem uma parada temporária para recarga. A central MBUX também pode sugerir onde recarregar o carro.
O que recebe uma atenção especial no interior é o isolamento acústico. Isso é algo especialmente importante em carros elétricos, com mecânica muito mais silenciosa que a de um carro com motor a combustão. E a falta de um motor ruidoso e que vibra faz os ocupantes notarem outros barulhos.
A Mercedes diz que houve um grande trabalho para eliminar barulhos e vibrações do sistema de transmissão, ressonâncias críticas e o ruído do conjunto mecânico, que tem mais pontos de suporte para mitigar ruídos de alta frequência. Para isso, até os materiais de acabamento são importantes. Mas ficam ruídos agradáveis e discretos do trem de força, o que ajuda a dar sensações dinâmicas agradáveis.
Depois de trazer o EQC, a Mercedes certamente venderá o EQA no Brasil. Contudo, antes de trazer o SUV elétrico alemão ela precisará lançar a nova geração do GLA no País. E não custa lembrar que agora ele voltará a ser importado.
Não pode ir à banca comprar, mas não quer perder os conteúdos exclusivos da Quatro Rodas? Clique aqui e tenha o acesso digital.