Não é déjà vu. O Mercedes Classe A Sedan já havia sido mostrado no Salão de Pequim, mas em versão alongada em 6 cm, exclusiva para o mercado chinês.
O que a Mercedes mostra agora é o Classe A Sedan que será vendido no resto do mundo.
Será fabricado no México (Aguascalientes) e na Alemanha (Sindelfingen), mas a Mercedes já fala na produção do modelo na fábrica de Iracemápolis (SP).
De frente ele é igualzinho ao Classe A da nova geração, mas o caimento do teto bem definido e o terceiro volume curto está mais para o Classe C do que para o CLA.
Mas as lanternas de leds têm formato inédito na Mercedes, e lembram bastante as utilizadas pelos sedãs da Audi e Lexus.
O A Sedan conviverá com a próxima geração do CLA, que terá visual distinto e inspirado no novo CLS.
A Mercedes define o novo modelo como uma alternativa de sedã compacto novo e atraente.
Mas não é tão compacto assim. Com 4,54 m de comprimento, 1,80 m de largura, 1,45 m de altura e 2,73 m de entreeixos, ele é 10 cm maior que um Audi A3 Sedan em comprimento e entreeixos. por exemplo.
O porta-malas de 420 l, porém, praticamente empata com o modelo das quatro argolas, que tem 425 l.
Em relação a um Toyota Corolla, é 8 cm mais curto e 2 cm mais baixo, mas o Classe A Sedan é 3 cm mais largo e tem entreeixos 3 cm mais longo.
Mas o grande feito do Mercedes Classe A Sedan é sua aerodinâmica. Seu coeficiente aerodinâmico é de 0,22 (o hatch consegue 0,25), o que quer dizer que nenhum outro carro de série em produção no mundo hoje corta o ar com tanta facilidade.
A Mercedes credita isso à forma como selou os espaços da carroceria, com direito a preenchimento do entorno dos faróis.
O assoalho e alguns componentes do eixo traseiro e do escape também foram revestidos para que o ar passe sob o carro com mais facilidade.
Também entram na conta a otimização dos spoilers dianteiros e os posicionados à frente das rodas para evitar arrasto na região.
Em alguns mercados o modelo ainda receberá grade ativa, que se abre apenas quando o motor necessita de mais ar para seu arrefecimento.
Falando em motor, a Mercedes antecipou duas das motorizações que seu novo sedã terá.
O A200 terá um 1.4 inteiramente novo, com turbocompressor variável, dispositivo de corte de cilindros e 163 cv de potência e 25,5 mkgf de torque combinado ao câmbio 7G-DCT, de dupla embreagem e sete marchas.
Já o A 180d terá motor 1.5 turbodiesel de 116 cv e 26,5 mkgf de torque combinado ao mesmo 7G-DCT.
Desde a versão de entrada o Classe A Sedan terá a nova central multimídia com inteligência artificial MBUX, que pode ser controlada como um tablet comum (por meio de toques e movimentos com os dedos nas telas), pelo touchpad (no console), por botões (no volante) e por comandos de voz. O que vai mudar é o tamanho da tela, que pode ser de 7 ou 10,25 polegadas.
Também entram na conta o assistente de frenagem ativa e o detector de mudança de faixa involuntária.
Equipamentos do Classe S, como sistema de condução semiautônoma, e o Distronic, que adapta o comportamento do veículo de acordo com a geografia do percurso, estarão disponíveis como opcional.
É cedo para dizer se o modelo terá equipamentos tão avançados no Brasil. Mas é certo que ele virá.
Em entrevista ao site Automotive Business, o gerente sênior de vendas da Mercedes, Dirlei Dias, afirmou que o Classe A Sedan chegará ao Brasil em 2019 importado do México, mas que existe a possibilidade de virar nacional.
Hoje a fábrica da Mercedes opera com 35% de sua capacidade instalada, que é de 20.000 carros/ano. Ela é responsável pela montagem do Classe C e do SUV GLA.