Honda Civic é sedã metido a cupê
Nova geração do modelo abraça tendência entre modelos premium
A nova geração do Honda Civic ganhou um artifício para atender um modismo entre os automóveis premium: a influência dos cupês. Iniciada em 2004, com o lançamento do Mercedes-Benz CLS, a moda de sedãs com perfil de cupê se espalhou. A Audi apresentou, em 2010, o A7 (foto abaixo) – um topo de linha com formas alternativas ao A8. Era um concorrente direto inédito ao cupê de quatro portas da alemã. O mesmo fez a Volvo, com o S60, ainda que em menor proporção.
A tendência tem se mostrado tão intensa que atingiu segmentos menores – como o Mercedes CLA e Audi A3 Sedan. E também criou novos segmentos. A BMW apostou no primeiro “SUV cupê”, o X6 (primeira foto abaixo). A receita deu tão certo que, além de o modelo ganhar o rival Mercedes GLE Coupé e o irmão menor X4, a marca apresentou os atuais Série 3 GT (segunda foto abaixo) e Série 5 GT.
No caso do Civic, a Honda manteve elementos estéticos de seus antepassados, como a dianteira em formato de cunha. Porém, caprichou no efeito dos traços de cupê, puramente visual, para causar a impressão de velocidade e, consequentemente, esportividade. Quando visto de lado, o perfil do modelo tem a caída do teto suave, como um verdadeiro cupê. De traseira, mesmo com o vidro mais inclinado e a traseira mais alta que o normal para o segmento, o arco do teto forma vincos que fazem uma espécie de barreiras laterais, escondendo a tampa do porta-malas mais próxima da realidade de um sedã.
Salvo o estilo, todo o restante do novo Civic é legítimo de um sedã tradicional: bom espaço para passageiros e bagagens. E, claro, o já conhecido assoalho plano na traseira. Como um conhecido sedã.
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